283 usuários online |
| |
|
Poesias-->Poção -- 21/12/2003 - 12:43 (Arthur Nogueira Lazaro) |
|
|
| |
Trovador
Não sou perfeito e me mostre quem é
Sou o que sou e vivo da minha fé
Sábias palavras de um profeta
Que não ve o próprio futuro
Que não vive o próprio presente
Sou uma lenda e não um messias
Não vou salvar ninguém
Nem a mim eu salvo
E esse cancêr que não para de crescer
Enraiza cada vez mais fundo no meu peito
Não me deixa respirar e tudo fica escuro
As palavras se soltam e ganham vida
Minhas lágrimas tinta de minha caneta
Meu cabelo os laços do livro
Minha pele e as folhas rabiscadas
Unidas para contar um conto
De um trovador e sua senhor
Que és filha de um rei
Cantigas de amor jogadas ao nada
O amor imposível.;
Cantiga:
Eu nasci e nunca vi o amor
E meu sonho sempre é matar
Mesmo assim você me quer amar
Eu chamarei a ti de meu amor
E este sonho que me faz voar
Me libertará desse calabouço.;
Conto:
Navegados por cada canto de seu corpo
A exploração do mais belo ser
Vejo as ondas de seus cabelos
Enrolaos em perfeitos cachos
E acho o esplendor perdido
Quando toco sua mão macia
Derramo-a sobre meu rosto
E escorrego seus dedos sobre meus lábios.;
O verso:
Foi aqui que nasci e cresci
Foi aqui que vi você chegar
Foi aqui que o mundo vi
foi aqui que aprendi a amar.;
Colhi rosas brancas e te dei
Carpi as ervas daninhas do vale
Deixei minha enxada e vesti
Aquele terno de linhares.;
Cresça rosas de todos os campos
Una-se aos lirios silvestres
Faça-me viver todos esses anos
E essa moça, meu amor campestre.
O modernista:
Para que métrica se tenho régua
Minhas palavras eu faço e crio
Crio e as solto no ar
Só para dizer que te amo
O Poeta:
Ser e estar presente nas areias
Que deram a mais brilhante alegria
De correr até você com o som do mar
Vivo e morro sem deixar nada
Apenas esse coroção que um dia foi seu
E para minha alegria, ainda é
Tome posse do que é seu de direito
E não recuses a oferta desse boemio
Que não sabe conduzir a própria vida
Mas que garante a saida de gala
Do paulco mais belo de todo
O seu coração de poeta.
|
|