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Cronicas-->Imagens e pensamentos -- 20/01/2003 - 10:35 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O dia era chato. Trabalho, trabalho, trabalho. Concepção abstrata de descanso, concepção real de empenho em busca de sal. Era chato até ver o sorriso da jovem. Foi o primeiro passo positivo.
A beleza e a educação me deixaram mais esperançoso. Talvez até demais.
Logo veio o calor insuportável, deixei a jovem com seus afazeres e tive que enfrentar o sol. Sol, o péssimo transporte coletivo de Porto Velho, trabalho. De bom então havia apenas o sorriso da jovem.
Depois veio a chuva, para lavar a alma e as ruas, derrubando alguns telhados mal feitos e assustando os moradores das baixadas. Deus nos acuda para os ribeirinhos e marinheiros de água doce.
A noite, acalmada pela chuva que estourou ruas e acabou com poeira me encontrou numa mesa de restaurante, contemplando o final de uma semana exaustiva.
Enquanto contemplava a rua visualizei uma ratazana fugindo do esgoto. Mal correra cinco metros e um motoqueiro passou por cima do animal nojento. Probabilidade pequena, mas aconteceu. Depois passaram outros veículos, transformando o grande roedor numa pasta sobre o asfalto.
A tecnologia desta vez venceu a fera. Mostrou que as espécies podem ser eliminadas pelo avanço tecnológico, que embora tenha sido acidental, controlado por uma mente maligna pode ter um outro desdobramento. A ratazana morreu, mas deixou mais um milhão de amigos para vingar sua morte na cidade. A desproporcionalidade é grande. O motoqueiro que se cuide.
Logo depois estava a olhar para o céu, onde tímidas estrelas sorriam, como a jovem da manhã. Eu já estava mais bem-humorado, pensando também no sucesso do motoqueiro com seu ato isolado de higienização de ruas.
Passou um morcego, que pousou sobre a árvore frutífera e buscou sue alimento entre alguns brotos. Um morcego que mordeu ou beijou a árvore, não sei bem como definir o ato.
Pensei novamente na jovem. Poderia ter agido como aquele morcego, me aproximando rápido e beijando sua face, quem sabe sua boca.
Por falta de reflexo talvez tenha deixado o destino me atropelar, como a ratazana que correu para baixo das rodas da motocicleta. Ficou apenas na lembrança o sorriso bonito que prometia o começo de um novo dia...
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