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Artigos-->EXPOSIÇÃO DE CERÂMICAS E GRAVURAS JAPONESAS -- 14/04/2023 - 17:08 (LUIZ CARLOS LESSA VINHOLES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

AGRADECIMENTOS

INAUGURAÇÃO DA MOSTRA CERÂMICAS E GRAVURAS JAPONESAS

 

L. C. Vinholes

12.09.2013

Desde que deixei Pelotas pela primeira vez, em 1952, senti-me sempre como estar dento de túneis. E eles foram muitos, mas todos, por sorte, oferecendo uma luz no seu final.

As caminhadas nestes tuneis pediam determinação e perseverança. Às vezes caminho fácil, possibilitando paços firmes; outras, trilhas exigindo sacrifícios, oferecendo escorregões e quedas.

Mas quem andava sonhava e aos poucos seus sonhos se tornavam realidade. Foi assim de Pelotas para São Paulo, de São Paulo para o Japão, do Japão para o Paraguai, do Paraguai de volta para o Japão, do Japão para o Canadá, dali para Brasília, da nossa capital para Milão e, finalmente, de Milão para Brasília.

O importante é que apesar das distâncias, em nenhum momento faltou o indispensável apoio da família, dos mestres, dos amigos, dos colegas e das instituições.

Tudo indica que as jornadas estavam traçadas com seus mínimos detalhes. Só falava trilha-las. Felizmente, saí e voltei ao mesmo ponto.

Sinto e vejo que o último túnel à minha frente foi este que percorri nesta vinda para Pelotas. A luz que aqui encontrei brilha mais do que as que ficaram para tras. É  mais acolhedoura do que todas as demais. E parece ser permanente.

Estou seguro de que isto foi possível, de que estou vivendo estes singulares momentos só porque, nunca, como sempre tenho dito, foi cortado meu cordão umbilical com minha cidade natal. Aqui estive na minha primeira casa, aqui me encontro nesta última para ficar. E sem outros planos.

Tudo que aconteceu, quero agradecer de maneira muito especial e em primeiro lugar aos meus pais, aos meus avós maternos, à minha família com árvore genealógica ramificada graças a uma irmã e a um irmão. Expresso meus agradecimento também aos mestres daqui e de onde andei, aos meus colegas e aos meus amigos. Não cito nomes para não equecer a ninguém.

Por razões de história, vou abrir exeções. Um agradecimento especial à amiga pianista Yara Bastos André Cava, a quem por justiça, chamo de “madrinha”, por ter sido quem me apresentou ao compositor Hans-Joachim Koellreutter, o que determinou grande parte do meu futuro; a Mario de Souza Maia por ter sido o primeiro estudioso a acreditar no que criei e a Lilia de Oliveira Rosa e Valério Fiel da Costa por terem ampliado a análise e os fundamentos da aleatoriedade que norteou meus últimos passos em música.

Não posso deixar de lembrar, na pessoa de Haroldo de Campos, a todos os que fizeram parte da vanguarda poética das décadas de 1950/1960, paulistas, cearenses e mineiros; dos poetas japoneses Kitasono Katsue, Iwamoto Shuzo, Seiichi Niikuni e Fukitomi Yasuo; dos pintores Samson Flexor e Kenzo Tanaka que, com seus contatos e intercâmbio de obras, construíram a mais robusta ponte entre artistas plásticos do Brasil e do Japão.

Finalmente, pela acolhida dada ao que amealhei e do que fui fiel depositário temporário, agradecimento muito especial e com louvor à Universidade Federal de Pelotas na pessoa do seu reitor Pedro Rodrigues Curi Hallal, à professora Úrsula Rosa da Silva diretora do Centro de Artes onde está incrustada a Discoteca da qual me fizeram patrono em 2014 e ao corpo discente e docente daquela casa; ao diretor e à vice-diretora do Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo, professor Lauer Alves Nunes dos Santos e  professora Mari Lucie da Silva Loreto; às diretorias que antecederam à presente e a todos os técnicos e funcionários do MALG; ao laboratório de curadoria desta instituição, na pessoa do professor José Luiz de Pellegrin; e à Associação dos Amigos do Museu, o meu mais sincero e fraternal obrigado. Agradecimentos ainda ao nosso Executivo municipal que desde a década de 1960 até o presente ofereceu apoio viabilizando a concretização do elo de fraternidade entre Pelotas e Suzu, as primeiras cidades irmãs entre o Brasil e o Japão. Não esquecendo aqueles que acreditando ser possível a escolha que fizeram m 2014 me deram a oportunidade de ser patrono da 42ª Feira do Livro de Pelotas.

Não poderia deixar em segredo, meus agradecimentos à minha esposa, companheira de quase três décadas, Helena Maria Ferreira, pelo apoio incondicional ao meu desejo de concretizar doações não só ao MALG, mas, também, ao Centro de Referência Haroldo de Campos, em São Paulo; ao Instituto de Língua Japonesa da Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre e ao nosso Colégio Municipal Pelotense.

Estamos hoje reunidos nesta sala que me faz lembrar que aqui estive pela primeira vez na final a década de 1940, na companhia de meu primo Alcindo Flores Cabral, professor da então Escola de Agronomia Eliseu Maciel; de quando aqui voltei na década de 1980 em busca de abrigo às obras de arte recolhidas em minhas andanças; e na participação do evento comemorativo ao Centenário da Imigação Japonesa, em 2008. Agora, pela quarta vez, fechando o quadrilátero do tempo, estamos reunidos na sala que tem como patrona a incansável e vitoriosa professora Marina de Moraes a quem devo a amizade que desde jovem presei. Sala esta na qual hoje se concretiza a intenção que, há quatorze meses, me foi apresentada pelo professor Lauer e pela então diretora professora Juliana Angeli para a realização desta mostra.

Abusando da vossa paciência quero apenas, silenciosamente, registrar que, com pesar, sinto a falta entre nós de minha irmã Zaira, de minha filha Irani, e de meu filho Daniel.

Para finalizar e pedindo desculpas pelo precioso tempo que tomei dos presentes, peço a todos para em um último ato a respeito do que está acontecendo e do que foi dito nesta casa que tem como patrono o notável pintor pelotense Leopoldo Gotuzzo, a indispensável licença para apresentar uma ata virtual para o devido registro, registro não em cartório como soi ser, mas no coração dos que comungam a satisfação e a alegria de estarmos próximos uns dos outros, unidos pelo denominador comum do saber, da cultura e das artes.

 

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