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cronicas-->Salvando almas -- 20/01/2003 - 10:41 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A menina entrou na sala. Saiu. Entrou. Saiu. Entrou. Saiu. Rotina do dia de minhas aulas.
O namorado esperava do lado de fora. A vida esperava do lado de fora. O conhecimento não esperou do lado de dentro.
Mais uma alma perturbada sem saber por que estuda, por que estudar, os porquês de tudo o que acontece. A vida nunca explica estas coisas, apenas joga os fatos, os momentos, desafios corriqueiros ou loucos. Assim caminha a humanidade.
Sem convicção do que seja um curso superior mais uma alma senta na carteira, depois na cadeira, olha quadros, professores, informações e continua latejando, buscando a liberdade individual no meio do coletivo.
A liberdade individual no meio da coletividade é difícil de ser contemplada, então os hormónios, mais fortes e mais ativos do que as partículas cerebrais entram em ação.
Um dia é o namorado, no outro a amiga que ficou triste com a morte do cachorrinho e precisa de consolo. Outro dia é um dia de não sei, uma TPM inconveniente e lá se vai mais uma alma talentosa jogando o tempo onde o tempo não precisaria estar.
A cena se repete em milhares de centros de ensino de todos os graus, envolvendo principalmente adolescentes. De vez em quando se consegue falar com alguém e indicar o caminho. Na maioria das vezes o professor ou orientador passa por chato.
No segundo grau a rebeldia geralmente estava ligada a barriguinhas não planejadas, os filhos que tomarão todo o tempo da mulher biológica não preparada psico nem economicamente para o próximo passo existencial.
Talentos todos aplicados de forma questionável. Orgasmos, choros de amigos, fraldas, um futuro não muito capitalista, muito menos brilhante.
O que se faz além de falar, o que se fazer, quem sabe?
Quem sabe um texto de vinte ou trinta linhas dê uma dica para alguém. Talentos são coisas raras num mundo onde a educação vale pouco mais que os vinténs que se aplica nela.
Tenho esperança apesar de tudo. Já tive conversas com dois ou três que resultaram em atitudes positivas. Quem sabe aquela porta para de se abrir e fechar por causa de namorados, cachorrinhos mortos e babados. Isso é uma possibilidade remota, mas existe.
As almas precisam de salvação em todo o lugar.




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