Cordelando com Marina - 5
Por Airam Ribeiro 16/02/05
Olá amiga Marina
Aqui estou outra vez
Fazendo cordel pra você
Sendo o primeiro do mês
Estava atarefado
De pintor fui obrigado
Olhe minha sensatez!
Em seu ultimo cordel
Destacaste uma questão
Pediu que eu contasse
Sobre minha religião
Será com muito prazer
Que direi pra você
Preste muita atenção.
Ser espíritas na verdade
É saber se preocupar
Com sua melhora intima
Pra você aperfeiçoar
Fazer o esforço que puder
Para o bem que convier
Em cada ato que praticar.
A terra é um planeta
De prova e expiação
Nascemos para o progresso
Em cada reencarnação
Estamos na faculdade
Em busca da felicidade
Que temos em cada lição.
Há tempos que sou espírita
Foi a escolha que fiz
Para dizer a verdade
Nela me sinto feliz
Mostrou-me nesta idade
Tudo sobre a verdade
Era o que sempre quis.
O que somos e de onde viemos
Era o que queria saber
Onde vou e porque estou aqui
Porque tanto sofrer?
O espiritismo ensina
Tudo que você imagina
Para o seu entender.
A morte não existe
O corpo apenas apodrece
O espírito não tem idade
É o corpo que envelhece
O lucro foi o que aprendemos
Naquilo que fomos fazendo
Só o corpo é quem desce.
A lei de causa e efeito
Está aí no universo
O que plantamos colhemos
São as leis do progresso
Se fazemos o bem
A felicidade vem
E teremos o sucesso.
Se plantarmos só pó mal
A colheita você terá
O que se planta se colhe
Seu progresso vai parar
Deixou de fazer o bem
Pela frente você tem
Tudo isso que pagar.
A justiça de Deus
Está na reencarnação
Se você plantou o mal
Eis aí a questão!
Voltará aqui outra vez
Pra pagar os erros que fez
Para aquele teu irmão.
Deus criou o espírito
Simples e ignorante
Deu-lhe o livre-arbítrio
Logo naquele instante
Vai escolher pra plantar
Aí então colherá
Tudo mais adiante.
Aos poucos eu vou dizendo
Sobre minha religião
Filosofia e ciência
Faz a complementação
Estuda sobre os espíritos
Para muitos é esquisito
Mas pra mim não é não.
Respeitamos todas as outras
Religiões existentes
Cada uma tem ensinamentos
Que precisam muita gente
Só o tempo incumbirá
E para eles mostrar
A verdade para a mente.
Marina eu já pensava
Que não ia mais cordelar
Pois demorou na resposta
Eu já estava a censurar
Falei até pra Laurentino
Aquele outro menino
Que ta querendo entrosar.
Quando recebi cordel
Eu fiquei muito contente
Pois já estava acostumado
Com seus cordéis imponentes
Cheios de sinceridade
E pra falar a verdade
Alegrou meu ambiente.
Neste intervalo todo
Saí por aí a passear
Fui também em Brasília
Ver a família por lá
Só passei o natal
Naquela capital
Depois voltei pra cá.
Como todo bom farofeiro
Também fui em Alcobaça
De dia curtia a praia
A noite era na praça
Além de carne e farinha
Também tinha caipirinha
Feito da boa cachaça.
Os filhos estavam presentes
E a esposa também
Mais alguns dos meus irmãos
Que todo ano aqui vem
E pra falar a verdade
Curti a felicidade
Afastado de Itanhém.
Adorei o seu cordel
Dedicado a Benicim
Mais uma vez caprichou
Que ficou bonito sim
Agora eu mando o meu
Apesar de que você já leu
As mortes de Dominguin.
Gostei de os tempos idos”
Está mesmo uma perfeição
Vejo nele um desabafo
É a minha opinião
Nele consegue dizer
Coisas que só quem ler
Com os olhos do coração.
Olho pra dentro do ninho
Vejo mamãe e papai
O meu pai se foi um dia
Mas da memória não sai
E o meu corpo perfeito!
Muitos estão desfeitos
Alguns nem andar vai.
Eu vejo os seus pertences
Valendo muitos milhões
Teus sentimentos fraternos
Que não tem em muitos corações
A vida em si é uma riqueza
E Deus nos deu esta beleza
Que não se vende por bilhões.
Minha amiga Marina
O amanhã é outro dia
As tristezas que hoje sentimos
Será no amanhã alegria
Tenha fé no Criador
O vento estará a favor
Na embarcação da magia.
O barco que está a deriva
Seu rumo ele achará
Suas velas hastiadas
Este vento as soprará
Para outro porto seguro.
É assim o nosso futuro
Ninguém o adivinhará.
Agradeço pelo doce
Que a mim presenteou
Já comi mais da metade
Teia também saboreou
A D. Lurdes e Sr. Manoel
Aqui vai neste cordel
Os abraços que dou.
A você Marina
Conte sempre comigo
Já faz parte da família
Terá aqui um amigo
Aceite um abração
Deste cordelista irmão
Que não constrói inimigo.
