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| Poesias-->SALTIMBANCOS DO ASFALTO -- 22/12/2003 - 19:00 (José Alves Garcia Santos Silva) |
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Eu vi malabares na rua
Implorando um trocado, uma esmola
Pouca idade, a mente crua
Marca a distância da escola.
É nosso filho
E nosso irmão
Futuro brilho
Dessa Nação.
Vejo crianças tomando a faixa
Enquanto fecha o sinal
A violência não abaixa
O nível de mortes na Capital.
É nossa vida
É nossa ação
Hora perdida
Nessa prisão.
Os acrobatas pequenos
Tentando mostrar seu valor
Dizendo versos obscenos
Do que chamavam de amor.
É nossa sorte
É nossa missão
Abrir num corte
Sua visão.
Os saltimbancos do asfalto
O subemprego da rua
A carne é fraca e nua
Vítima e agente do assalto.
É nossa essência
Nossa união
A violência
É nosso pão.
Sinal fechado!
Rua e gente!
Quem está carente
Quer melhorar...
Malabarismo
Sofrer calado
Drama da mente
Espetacular.
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