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Cronicas-->Carência afetiva -- 20/01/2003 - 11:02 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Correu para casa. Tinha que abrir o correio eletrónico em busca de uma mensagem.
O coração descompassado, a mente aturdida. Apenas suor e adrenalina recordavam que haviam outras coisas além dos sentimentos. Gorete queria ver se já havia uma mensagem de amor de Leleco.
Conhecera o rapaz há quinze minutos, entregara seu endereço e coração, e queria o reconhecimento do entregador de pizza, que com certeza em breve seria dono da própria pizzaria, melhor, de uma rede internacional de restaurantes, já que Gorete desejava o melhor para seu amado.
Esperou durante horas em frente ao computador. Leleco não se manifestou.
Gorete chorou durante horas pelo amor não correspondido. Tomou dois comprimidos de ácido-acetil- salicílico para se acalmar e ligou para a amiga Clarinha, eterna confidente de seus desastres idílicos.
Logo de manhã foi trabalhar. No caminho conheceu um cobrador de ónibus muito simpático. Apesar de estar numa fila grande, decidiu que aquele era o homem de sua vida. Entregou um cartão com o endereço da internet, beijou a mão do rapaz, um tal de Hercílio, e correu para o escritório de advocacia para verificar o correio eletrónico.
Nada, mas sabia que Hercílio não falharia, como o convencido do Leleco. Esperou durante toda a manhã.
Ao voltar para casa, coração acelerado, suores frios, tremedeiras e uma quase convulsão até chegar ao computador.
Havia uma mensagem estranha. Michael Jackson ama você, fotos personalizadas. Em busca de amor abriu. Um vírus destruiu todos os programas da máquina.
Chorou copiosamente e ligou para Clarinha. Na falta de comprimidos tomou um copo de água misturada com lágrimas.
No dia seguinte apanhou o ónibus e buscou Hercílio. Mudou o cobrador, agora era uma senhora.
Triste chegou ao escritório. Acessou a internet e buscou o correio eletrónico. Viu que a mensagem de Michael Jackson ainda estava lá.
Sedenta de amor abriu novamente o arquivo.
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