SERÁ QUE VAMOS CHEGAR LÁ?
João Ferreira Jan Muá
14 de maio de 2023
Na história do ser humano, contam-se períodos de grandes civilizações e contribuições dos povos para o progresso geral. A história registra bastantes formas de sucesso. Mas a História deixou registrada, nessa evolução, a marca de uma Humanidade desigual, com ricos e pobres, senhores e servos da gleba, capitalistas e proletários, conglomerados, de um lado, e miseráveis tugúrios de miséria e fome, do outro.
Na análise da história humana sempre regressamos aos estilos, aos regimes de governação e à forma de exercer o poder.
Grandes impérios, dominações coloniais, colonizações, regimes autoritários, regimes democráticos. Todos tentando resolver o arranjo comunitário de uma forma nova, buscando dar a vez a todos os cidadãos. Tudo tentativas sem resultados globais definitivos. Depois de todas as tentativas, comandando ainda, a desigualdade.
Em plena Idade Média, a teoria que sobressaía nos De regimine Principum ou tratados sobre governação, era o princípio do bem comum. Os governos tinham como missão buscar e priorizar o bem comum.
E o que acontece hoje entre os políticos de nosso tempo?
Atraso de visão, faltando ações para combater a desigualdade.
No panorama internacional, porém, há um país que consegue enviar-nos uma luz positiva para solução da vida comunitária dos povos e para sua governação. Esse país é a China.
O poder central da China parte de um ideal comunitário. Toma como ponto de partida, a busca do bem comum como valor agregado ao bem de seus cidadãos.
Dizem que que esse ideal comunitário é de teor socialista.
Dizem também que a China é partido único e tem um comando único para gerir o bem comum.
Partido único que no pensamento democrático ocidental, de teor pluralista, é visto com muitas reticências. Mas, que apesar das reticências, ainda não conseguiu resolver desigualdade social e econômica entre seus cidadãos.
Para avaliação do caso chinês seria oportuno considerar alguns princípios que asseguraram até agora o êxito político e econômico da população chinesa e o êxito chinês de sua economia no plano interno e externo.
Eis os princípios básicos:
Primeiro princípio: O comando central da gestão chinesa baseia-se na prioridade do bem comum.
Segundo princípio: A China prioriza a mão de obra nacional.
Terceiro princípio: A busca do progresso econômico tende a beneficiar toda a comunidade
Quarto princípio: A organização comunitária garante emprego para todos
Quinto: A distribuição de renda na China é feita de maneira mais igualitária.
Sexto: Este alinhamento de princípios garante o desenvolvimento cultural, social e econômico.
Sétimo: O programa de emprego para todos, é responsável pela extinção da pobreza extrema e da miséria
Observação final.
Diante da premência social contemporânea, a governação tem de partir para a solução dos problemas mais urgentes da sociedade. Já se esgotou o tempo de fIcar por séculos infinitos debatendo a questão social, a pobreza dos morros e das periferias. Debater só se for para organizar e para resolver priporidades e situações concretas. Já sabemos de antemão o que é preciso fazer. Os princípios estão definidos. Por isso, a população não tem que ficar esperando na pobreza toda uma vida até que se encerrem os eternos debates das classes burguesas e dos senhores do dinheiro. A sociedade brasileira carente precisa de respostas concretas em relação à desigualdade que a divide.
Soluções??? Comando centrado na busca do bem comum? Sim.
Comando unificado para a distribuição de ajuda e para o desenvolvimento. Comando dirigido para as soluções. Soluções rápidas, com dinâmica política centrada na população carente. China como exemplo? Talvez. Pelo menos como modelo de gestão e inspiração para resolver com praticidade os problemas das grandes comunidades. E como país que é modelo na produção de riqueza.
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