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cronicas-->Embusteiro simpático -- 20/01/2003 - 11:26 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Nome trocado, na verdade esqueci mesmo, mas história verdadeira. Palco? Paraná.
Por volta de 1984 um cavalheiro distinto aportou na distinta província de Curitiba, oriundo de São Paulo, onde dizia o próprio, era um renomado professor de Direito, pela conversa, da USP, da PUC, de tudo que houvesse de melhor no campo jurídico.
Vamos chamar o distinto de Astrogildo Belasartes , um nome raro para advogados, assim evitamos qualquer chance de processo por coincidência.
Astrogildo, com excelente cultura geral, adquirida parcialmente numa das faculdades paulistas, logo ganhou espaço em colunas socias, dormiu em mansões, saiu com o que se chamava na época de `´locomotivas´´, inclusive algumas casadas, ganhando muito prestígio entre os colunáveis curitibanos, conhecidos por ostentarem muito seus nomes e riquezas - claro que de vez em quando aparecem pés-de-chinelo fingindo ter alguma coisa .
Abafando na sociedade curitibana, mas sempre atentando para os prazos de esgotamento de mentiras, afinal de Curitiba a São Paulo são menos de 500 quilómetros, Astrogildo teve seu momento de glória ao dirigir a aula inaugural de um curso de Direito tradicional naquele ano. Dezenas de jovens futuros advogados estiveram presentes. A fina flor da sociedade prestigiou, e Astrogildo foi aplaudido de pé por uma multidão de inocentes, incluindo alguns célebres professores de inquestionável talento.
Conquistada a glória da aula e tendo algumas madames apaixonadas a suspirar atrás de leitos profanos, Astrogildo Belasartes foi para a cidade de Ponta Grossa.
Na bela cidade do altiplano teve sucesso imediato, referendado pela passagem pela capital ecológica do sul do país. Logo encontrou espaço, e com a eloquência que lhe era peculiar, surgiu como solução para um clube de futebol profissional, o então desacreditado e falido Operário de Ponta Grossa, que após sucessivos anos de mau gerenciamento estava quase fechado.
Aplaudido pela meia dúzia de cidadãos com direito a voto, foi aclamado presidente. Logo iria contratar craques no mercado paulista. Astrogildo era amigo dos presidentes do Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santo, etc.
Os homens do interior ficaram faceiros com o milagreiro importado, desejoso de se radicar na progressista cidade. Os fornecedores trouxeram uma porção de contas atrasadas, o comércio começou a acreditar que o `´Fantasma´´ ressurgiria.
A primeria semana teve levantamento de dívidas. A segunda também. Na terceira começaram a surgir acertos e cheques sem fundos. O salvador evaporou da cidade.
Foi capturado pela polícia ao tentar embarcar para São Paulo, onde era procurado por estelionato, falsificacão de documentos e crimes congêneres, deixando por onde passava um rastro de madames apaixonadas, maridos traídos e comerciantes irados.
Astrogildo foi preso e tentaram abafar todos os episódios, mas um radialista do interior, cheio de raiva do pessoal da capital e de seus colegas jornalistas, que fizeram um pacto de silêncio para que nada fosse divulgado, entregou tudo de bandeja no programa esportivo.

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