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cronicas-->Gineteada de letras -- 20/01/2003 - 11:49 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Como é que se escreve criancice? É assim guria que te escrevo. Coisa de criança ao mexer naquele monte de tecnologia. O mais difícil é não quebrar o brinquedo.
Claro, primeiro ouvi um pouco de Tchaikovsky, Bach, Puccini e Chopin.
Depois parti para os tchês guria, com um pouco de interpretações do grupo Caverá. Nem te digo
como se faz ponte entre os clássicos e os gauchescos. A explicação é até um pouco difícil.
Mas aí veio a música Céu, Sol ,Terra e Cor, e confesso que senti vontade de juntar a mala e a cuia
e sair correndo para os pampas.
Não adianta guria. Esta coisa de raiz é mais forte do tu pensas. Acho que tenho uma chinoca me
esperando numa coxilha perdida.
Nem sabes quanto é difícil organizar os pensamentos quando começa a bater a saudade. Faz tempo
que deixei aquele solo. Já te falei sobre isto.
A música diz que é um lugar para viver sem chorar. Ah, não conheces a letra? Mas qualquer dia vais ouvir por aí.
É uma coisa de tertúlia galponeira, nem vou tentar explicar, pois tem muito regionalismo envolvido.
Sem desmerecer nada, apenas lembrando que uma chamarra está sobre um barranco, perto da sanga, onde aquece
a água do próximo chimarrão.
Mas por que escrevo tudo isto? Ora, enquanto escrevia para testar um teclado novo ouvia umas músicas da
terra e outras da minha genética meio européia e brasiliana.
Quanto tempo levei fazendo isto? Não sei, não perdi tempo olhando para o tempo. Quase te dediquei vou m embora
prenda minha, com todo o respeito, apenas para avisar que ia encilhar o pingo e rumar para as plagas do sul.
Quando estava quase pensando em parar de escrever surgiu o Canto Alegretense e meu espírito largou tudo de vez.
Já te falei daquela guria que entendia meus pensamentos? Ó mulher de endoidar peão! Baguala macanuda!
Ah, não tá entendendo mais nada? Precisarias de um pequeno dicionário
para ficares por dentro da conversa. Ouve o canto gauchesco e brasileiro, desta terra que eu amei desde guri...
Confesso que estou exagerando. A música não pára, nem eu para tentar o mínimo esforço de explicar este surto de
banzo...um milho assado, a carne gorda, a cancha reta...sopram ventos desgarrados carregados de saudade...
Sem mais para dizer, eu faço planos sem saber se serei feliz...mas o que vale é o sonho, principalmente
o sonho dos poetas do Rio Grande que estimularam tudo isso.
Acho que vou procurar a castelhana. Nem leve tudo a sério. É tudo coisa de um esquilador de palavras. Coisa de guri.
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