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cronicas-->Tempo, relógio, amor -- 20/01/2003 - 12:21 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O tempo, esta medida que cientistas e capitalistas tanto amam, não é tão importante assim. Só serve para ganhar dinheiro, marcar o horário do remédio e até quem sabe, fazer com que o momento de encontrar a amada seja mais precioso, ansioso, rico em imaginação e poesia.
O tempo existe para algumas mulheres, mas não para ela. Não para ela.
Não existe porque as palavras de amor, as poesias, os pensamentos, suspiros, os cantos e encantos a cercam, permanentemente. Por toda a eternidade em que a conheço
A eternidade não pode ser medida, posto que é definitiva, mas começou há questão de horas, uma porção delas, quando algumas palavras foram ditas, ou pensadas ainda.
Sem resposta talvez, com resposta quem sabe, algo que supera as grandes vontades dos mortais comuns, tolos, ansiosos, desejosos de respostas e soluções imediatas.
Onde ela anda, ou senta, quem sabe apenas assobia uma canção qualquer, ela sabe que estou aqui, riscando o quadro, o caderno, a tela inerte do computador inútil, que sem saber é veículo de meu prazer, cantar a existência da musa.
A musa sem tempo de ser mulher, sentada no seu canto, longe das flores, que estão do outro lado da rua, cheias de perfume, capaz de parar o tempo, minha existência, a inútil senda dos outros mortais.
O tempo não existe para ela, nem para mim, que não canso de pensar que em sua mão existe uma rosa, em seu olhar existe um brilho, um faz-me-rir de tanta graça, tanto ar de mistério, tanto tanto tanto.
O tempo me diz que ela está sentada, olhando para o jardim da vida, onde as flores nascem, nascem e se multiplicam, nascendo e brilhando ante os raios do sol.
Um sol diferente, que bronzeia o corpo da musa sem pressa, por que o sol é preguiçoso, enquanto pode ser eterno.
O sol acaricia o rosto da musa, que beija a rosa, que olha o tempo parado, passando circularmente ao seu redor, reverenciando a mulher, beijando seus pés e pedindo desculpas por brilhar demais.
O sol vê o tempo namorar a musa, lança um raio de amor sobre ela, e canta, quando pode cantar.
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