O ANO PASSANTE
(Maria Hilda de J. Alão).
É sob um ensurdecedor alarido,
Uma agitação de corpos majestosa,
Envoltos em vestimentas suntuosas
Destacando o branco, o tom preferido,
Para as despedidas do ano passante
Numa névoa, ou num grito que ecoa,
Na vastidão, onde a esperança voa,
Para ser esquecido agonizante.
Nasce o novo de efêmera beldade,
Renovam-se os desejos outra vez
Os meses parecem eternidade
Que Deus dispõe, realizando talvez,
O milagre da união nesta vida
Para que a paz seja estabelecida.
29/12/03.
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