Usina de Letras
Usina de Letras
122 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62231 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10367)

Erótico (13570)

Frases (50629)

Humor (20031)

Infantil (5434)

Infanto Juvenil (4768)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140805)

Redação (3306)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6190)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->Polenta da saudade -- 20/01/2003 - 12:45 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Sopra o minuano na lembrança e bate uma saudade da Região Sul. Vontade de comer polenta, mas falta polenta dos restaurantes de Porto Velho, como se polenta fosse coisa de rico.
Nas terras do altiplano de Bento Gonçalves, onde nasci, polenta é tão importante quanto água.
Lá o pessoal se cria comendo queijo de colónia, tomando vinho, frango assado, às vezes churrasco e salada de radite, e naturalmente, polenta. Depois, ou antes, conforme o gosto do freguês, tem chimarrão a vontade para digerir as iguarias e garantir um bom funcionamento das tripas.
É bagual velho, isto não raro acontece. Aí o coração aperta, e não tem poncho que sirva de lenço..
Nestas ocasiões entro na internetchê, bisbilhotando os sites do Rio Grande, ouvindo a rádio Guaíba em busca de informações sobre o Grêmio e o Paraná Clube.
Acredito que há um bando de gaudérios tentando encontrar polenta nestes restaurantes, mas compreendemos a questão cultural. Mas não dá para misturar churrasco com tacacá.
Bisbilhotar a internetchê ajuda um pouco, mas pensar numa polenta feita lá na serra, num daqueles restaurantes típicos italianos, com um queijo de colónia derretido na chapa e um gole de vinho tinto...é uma barbaridade tchê.
Aliás, para quem não sabe, internetchê é coisa de gaúcho. Em Minas tem a internetuai, que é um outro sistema de informática que faz a mesma coisa.
Mas voltando ao tema, polenta é coisa tão simples de se fazer que não sei por que o pessoal não oferece nos restaurantes. Quem conhece a comida italiana sabe que custa pouco e ajuda mesmo a diminuir o espaço destinado a outras iguarias dentro dos estómagos dos mais gulosos.
Dizem lá pela serra de Bento que "se tem polenta não precisa de comida, tchó"(os descendentes de italianos têm dificuldade de falar tchê) .
Uma polenta feita na hora ou frita, com queijo parmesão ralado dá água na boca.
Mas já descobri um restaurante que serve estas comidas típicas de lá aqui na capital. Comi feito um monge.
Me atraquei com uma travessa de macarrão caseiro, polenta, frango, maionese, verduras e um copo de vinho.
Tive de caminhar muito para compensar a gula no outro dia.
Foi um paliativo da saudade culinária, mas ainda restam recuerdos dos tempos passados na serra e na Campanha do Rio Grande, nas coxilhas de São Gabriel.
O minuano vem e vai nos meus pensamentos. Comendo polenta e tomando chimarrão me deixo levar pelas saudades. Um dia desses encilho o pingo e vou rever as coxilhas, com a prenda e os guris...
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui