A minha boneca de lata...
Ciranda, cirandinha...
Atirei o pau no gato...
esconde-esconde,
pega-pega,
o famoso pé na lata
Está com você
era gostoso de ouvir;
a brincadeira só terminava
quando o sono chegava;
e crianças de todos os lugares,
de seus esconderijos se deslocavam
e mortos pelo cansaço
em suas camas se abrigavam!
A boneca foi constante
ela tinha uma vida;
onde fadas e guinomos,
príncipes e sapos
por trás da imaginação
se escondiam e transmitiam:
alegria, solidão, busca e interpretação.
O que resta é a lembrança
de uma fase recheada de coisas boas,
onde o sonho era permitido;
onde a vida era poesia
a tristeza existia
somente por instantes,
onde ao longe se ouvia:
- Filha, está na hora de entrar! |