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Artigos-->A NECESSIDADE DE NOS SOLIDARIZARMOS -- 25/10/2023 - 01:11 (João Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A NECESSIDADE DE NOS SOLIDARIZARMOS COM OS QUE SOFREM

Jan Muá

24 de outubro de 2023

A sociedade é um mapa de territórios e comunidades onde vivem as pessoas.  Cada comunidade encerra uma variedade de situações. Essas situações vão desde a criança brincando feliz, passam pelo par de namorados sonhando em construir um lar de sonho, e existem ao lado, chamando nossa atenção, outras situações problemáticas que requerem compreensão e ajuda. 

A Literatura é um campo fértil onde encontramos textos descritivos das situações problemáticas e críticas e outros textos já preparados com linguagens adaptadas às situações críticas e sofredoras.

A Poetisa Portuguesa Florbela Espanca (1894-1930), autora de vários livros de poesia lírica e dramática, é uma personagem mista que tem o condão de observar e descrever com senso poético neorealista os problemas psicológios mais vivos da pessoa humana, oferecendo-nos um retrato personalista onde o eu poético se identifica, pela singularização, com a biografia sofredora  da poetisa. A leitura e compreensão do soneto "Sem remédio"dá-nos um reflexo dessa interiordade que se desdobra simultaneamente no poema e na personallidade de Florbela.

O soneto está publicado no livro A Poesia de Florbela Esoanca, editado pela Editora Lafonte de S.Paulo no ano de 2020. É um soneto dorido. Se entrarmos no interior do soneto podemos analisar, através do espelho dos versos, a alma dorida e sofrida que ali atravessa a escrita. 

Soneto

SEM REMÉDIO

 

Aqueles que me têm muito amor

Não sabem o que sinto e o que sou

Não sabem que passou um dia a Dor

À minha porta e, nesse dia. entrou.

 

E é desde então que eu sinto este pavor

Este frio que anda em mim e que gelou

O que de bom me deu Nosso Senhor!

Se eu nem sei por onde ando e onde vou!

 

Sinto os passos da Dor, essa cadência

Que é já tortura infinda, que é demência!

Que é já vontade doida de gritar!

 

E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio

A  mesma angústia funda, sem remédio,

Andando atrás de mim, sem me largar!

 

 

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