LIXÃO - um poema de Amor
Calor, suor, balanço, inhaca...
De gente que vive, cheira e balança no ônibus da vida
Você e eu somos parte dessa gente de pé...
No ar, escondido, mas indisfarçável, certo acabrunhamento.
Efeito das primeiras descobertas...
coisas do Amor e seus de repente’s
Ônibus pára entrando mais gente...
Nossos corpos se espremem...
Inspiro seu cheiro e suspiro desejo... em sua orelha...
Sorri arrepiada, salvando a graça da minha presença.
Seu cheiro, sua nuca, que sua, de sua é minha, em sonho...
Na janela o lixão do qual um poema prometo... você duvida!
Ah natureza humana suja, que cerca, limita e expõe seu lixo!
Na alquimia dos desejos, medos e delírios do Amor,
É promessa de ternura eterna... é busca eterna da etérea alegria,
É a necessidade louca e urgente de se fazer poesia...
(À minha querida Pollyana, cumprindo uma promessa)
lexgal2@yahoo.com.br
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