O DIREITO DE VIVER DE OUTRA MANEIRA
João Ferreira Jan Muá
16 de março de 2024
Faz muitos anos que a escritora francesa Catherine Valabrégue publicou o livro "Le droit de vivre autrement", traduzido em 1978 para o português por António Serzedelo e editado em Lisboa pela Editora Vega com o título de "O direito a viver de outra maneira". A obra encerra uma das teses fundamentais do homem que é a liberdade de viver. Liberdade que encerra uma segunda liberdade que é a de cada um poder moldar sua vida a seus gostos ou escolher o modelo de vida que lhe apetecer viver, assumindo suas responsabilidades próprias..
Parece que o livro de Catherine Valabrégue foi um pouco esquecido pela geração atual mas nem por isso deixa de ser atual pelos temas que toca e que continuam fundamentais dentro da sociedade moderna. Como amostragem, lembramos alguns títulos importantes : Cap. II. Uma porteira diferente: - "Passei por muitas dificuldades. Nessa altura fui ajudada e agora quro ser eu a ajudar os outros.". Cap. III. Celibatários da nova vaga: "Foi por causa das crianças que nos separamos. Estive casada sete nos. O meu marido nunca vem ver-me e prefiro assim. Prefiro não voltar a vê-lo e não ter ajuda financeira. Existe uma espécie de pacto entre nós. Ele não me dá nada, não vem ver as crianças e são elas que às vezes vão vê-lo Fazemos a nossa vida cada um para seu lado. O meu marido queria que eu fosse a sua sombra, não tinha autonomia, tinha que segui-lo para todos o lado, era ciumento. Isso é suportável enquanto não existem crianças, ms depois quando começam as brigas não há necessidade de as impor às crianças, de as obrigar a assistir a cenas [...]Foi por causa delas que nos separamos, para evitar que vissem as nossas cenas". Os restantes capítulos são: Cap. IV. Procriar ou adotar? Cap. V. Casais de homens. Cap. VI. Casais de mulheres. Cap. VII. Os pais divorciados reclamam da justiça. Cap. VIII. Mães S.O.S. Cap. IX. Pais solteiros. Cap. X. Mães solteiras. Cap. XI. Comunidades de todas as espécies.
É abrangente como se vê.
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