Crónica: O Mundo
Elisa Diniz Soares*
É muito triste estar no limiar do 3o.milênio. A minha alma poética está destroçada por tantos acontecimentos.
Sempre acreditei que a beleza está nos olhos de quem a vê, mas ultimamente tem sido difícil, quase impossível olhar o mundo de forma diferente.
Cenas de violência tumultuam a vida de todos nós, pois tudo que acontece está interligado.
O colorido da vida se desequilibra, atingido por baldes de tinta vermelha.
Gostaria de transmitir paz, ser espelho de vida, mas como? É nessa hora que penso em Deus!
E a resposta se apresenta!
Vejo um jardim florido, no início da manhã, onde todos os insetos realizam o seu trabalho. As plantas ainda guardam o orvalho da madrugada, as flores nas suas diversas formas e cores trazem harmonia de um mundo onde tudo se encaixa.
Como num flash, eu vejo a noite, onde o colorido da vida se esconde na ausência de luz, embora a noite também tenha a sua luz própria.
Essa é a resposta. O mundo não é só noite, também é dia muitas se mantêm à margem da luz.
Um dia, no escalar da vida, o sol chegará Ã s suas almas, despertando-as para a verdadeira vida.
Hoje, o que posso dizer é que o mundo precisa que você mostre o que tem de melhor; e, acredite, você não está só, pois também faço parte deste contexto. E, se alguém ler estas poucas linhas e quiser ser mais um, é só olhar-se no espelho e ver que somos criaturas destinadas à felicidade, bastando apenas jogar as suas sementes e esperar o fruto garantido de quem semeia confiança, serenidade, compreensão, paciência e amor.
Elisa Diniz Soares: Poeta campinense, pioneira do CVV em Campina Grande-Pb. Membro da Juventude Espírita; convidada para ministrar palestras espíritas em diversas cidades do Nordeste. Gosta muito de viajar, conhece alguns Estados do Sul do Brasil. Graduada em História pela Universidade Estadual da Paraíba, sendo professora da rede privada de ensino. Membro fundador da Associação Campinense de Poetas e Escritores, da qual foi presidente eleita por um biênio (1993-1995). Participante de alguns eventos culturais, a exemplo o Congresso Brasileiro de Teoria e Crítica Literária, ocorrido em Campina Grande de dois em dois anos. Auferiu 1o.lugar na categoria destaque, pela Revista Brasília, com o poema Idealismo. Magnífica declamadora. Foi em Campina Grande uma das criadoras da Comissão Meninos de Rua em 1985.
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