62 usuários online |
| |
|
Poesias-->Do amor antigo -- 19/01/2004 - 08:10 (joão manuel vilela rasteiro) |
|
|
| |
Do amor antigo restam sílabas
esmagadas pelo peso de um corpo
que chamou a si todas as falas
como os animais que se exilaram
num largo solo cor de sépia
bebendo outra vez a língua do fogo.
Talvez a polpa indizível dos dedos
saiba que não é apenas a polpa indizível
cujos tendões ainda são sílabas de água
refrescando o amor entre enigma e vazio.
in, inédito - 2004 |
|