Quando acordei, esta manhã, já era o fim de algo,
De uma rosa que murchara....
Da madrugada que se fora...
De alguém que morrera... Não sei!
Mas sei que é estranho como o fim e o início
Interagem-se com essa reciprocidade medonha.
Para mim, o fato de acordar era mais um inicio
(mesmo sem ter claramente uma definição para início)
E a vida passava a ser, mais uma vez, para ser vivida simplesmente,
Mesmo que tantas coisas no mundo estivessem se findando ou morrendo.
Estou iniciando tudo todos os dias
Aparentemente distante do fim...
E neste vão entre meu início e meu fim,
Entre meu despertar e minha morte,
Entre o meu caminhar e o fim da minha estrada,
Tenho feito de tudo que sou um poema de amor...
... Pois é somente nas mais sensatas estrofes do amor
Que o recheio entre estes dois misteriosos extremos
Solidifica-se plausivamente.
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