O momento da solidão ou a
hora da morte, nos permite
tocar o coração.
As lágrimas que nunca der-
ramei, banham o meu corpo.
Entro no vazio, que é só
meu. Entro no meu ser.
Estranho! Nada sou, e tudo
sou.
Cada Homem está só. E no fundo, em cada pessoas, existem sentimentos reprimidos que não se deseja senti-los. Mas se o Homem enfrenta o seu silêncio, compartilhando com a solidão, ele busca a plenitude de sua natureza interior. Esse contato lhe proporciona novos significados, podendo transformar muitas coisas em vida. O silêncio pode ser encontrado em várias formas: o silêncio interior, aquele que se tenta alcançar no nível mais alto da consciência; o silêncio exterior, onde há o desligamento de tudo e de todos; o silêncio do corpo, que se pode alcançar através da meditação; o silêncio da mente, onde esta se aquieta, ficando num estado de completo descanso, podendo atingir o vazio onde se pode alcançar muitas respostas internas.
Existem vários outros tipos de silêncio, mas o que eu quero me referir é o silêncio interior, aquele que poderá nos ajudar de alguma forma a encontrar algumas respostas para a nossa própria existência, conflitos, emoções, etc. Este silêncio poderá também nos levar a uma dor, a um sofrimento que provavelmente nos transportará ao nosso crescimento como um ser integrado ao universo.
No momento da dor e da frustração, a solidão assume profundidade, o Homemsente-se em um mundo vazio. Quando isso acontece, cada momento é puro pois cada aspecto do universo recebe um valor, um significado e uma beleza intensa. O Homem, por falta de tempo e medo de conectar com a sua natureza interna, foge desses momentos e muitas vezes denomina esse estado de silêncio de depressão.
Onde o Homem pode encontrar a sua verdade e o seu equilíbrio?
A verdade só pode ser encontrada dentro de cada um, cada qual com a sua verdade. Ela só pode ser encontrada com a ajuda da lógica e do equilíbrio interior de cada um.
E várias verdades juntas, alcançam o senso comum.
Para conhecer a sua verdade é necessário estar só, e fazer parte do universo,
assim como uma estrela que brilha só e ao mesmo tempo faz parte de um todo maior.
"A solidão nos dá a sensação de abandono, mas é somente quando se es´tá verdadeiramente sozinho, que o nosso potencial criativo, instalado lá no fundo dentro de nós, tem espaço e condições para emergir à luz do dia". (Diz Rose Emily Rothrnberg).
Devemos assumir a nossa separatividade, esse é o nosso desafio quando nascemos. Nós nos separamos de aconchego de útero materno e abrimos os olhos para o mundo que nos espera.
A dor da solidão nos oferece condições para ganhar consciência das vivências do nosso "eu interior", do nosso self como um ser separado do outro.
Condições de assumirmos a nossa responsabilidade e o nosso equilíbrio.
A vida nos oferece sofrimentos para que possamos atingir o melhor conhecimento de nós mesmo e assim crescemos. Temos condições de nos transformar, pois somos seres que giramos no universo.
"...Sofri e fui infeliz, mas parece-me que a vida nunca falhou e que mesmo na mais negra das noites... pelas graças de Deus pude ver uma luz maior..." (Jung, a respeito de si mesmo).
O Homem que procura o seu auto-conhecimento estará sempre envolvido numa luz maior. Só, mas conhecedor do seu potencial, isolado e ao mesmo tempo acompanhado por tudo que o universo lhe pode oferecer.
A viada pulsa no ar e quando estamos em harmonia com todos os elementos, o nosso corpo se sente saudável e energético, a nossa mente clara e confiante.
A essência dessa experiência é o equilíbrio entre corpo e mente. Quando entramos em contato com os nossos sentidos, sentimentos e pensamentos, passamos a ser o melhor conhecerdor de nós mesmo e então, todas as nossas relações, ações, idéias e movimentos fluem harmoniosos. Assim, nós podemos ser responsáveis pela nossa vida de modo confiante. |
