Amores perfeitos,
amores confeitos,
amores defeitos,
amores com feitos...
amores direitos,
o amor nem sempre é perfeito.
Amores de gente,
amores pra frente,
amor indigente,
amores, em frente...
o amor nem sempre está à frente.
Amor que sustenta
o amor que se agüenta,
amor que enfrenta,
amor que tenta.
O amor nem sempre agüenta.
Amores diretos,
amores corretos,
amores completos,
amor que é teto.
O amor nem sempre está certo.
Amar nem sempre é perfeito,
amar nem sempre enfeita,
amar nem sempre dá jeito,
e muitas vezes rejeita.
O amor nem sempre é livre,
nem sempre se compreende,
o amor quase sempre exige,
e é só amando que se aprende.
O amor quase sempre liberta,
quase sempre tem a porta aberta,
mas não é sempre que o amor acerta
qual das portas é a certa.
Amar é coisa bem feita,
forjada a ferro e fogo,
é coisa pra gente feita,
que não faz do amor um jogo.
Amar é coisa fatal,
causa bem, às vezes mal,
é salvação ou veneno,
podendo ser bom ou mau.
Amar é pra quem não é banal.
Amores bem feitos
por vezes, perfeitos,
nem sempre bem aceitos
às vezes se tornam confeitos
dentre outros tantos rejeitos...
Amores ausentes, ao lado,
trazem, em mau estado,
um coração mal amado
e sofrimento dobrado.
Amores distantes, presentes,
trazem a saudade carente
de estar mais junto, colado.
Embora distantes, saudosos,
são mais presentes, bem feitos,
mais amantes, carinhosos.
Amor distante ensina
melhor que qualquer professor
que pior que amor que termina
é o amor sem seu amor.
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