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Poesias-->Flores enquanto a dona não chega -- 20/01/2004 - 15:12 (débora cristina denadai) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Inundo a casa de flores.

Coloco flores na sala, na cozinha,

na varanda, no banheiro.

Ainda não tenho flores no quarto,

ainda não inundei a casa por inteiro.

Ainda não consegui fazer florir

as partes íntimas da casa.

Nelas perdura ainda um certo não sorrir.

Não vou ser pessimista e dizer que ainda existe um chorar.

Apenas prevalece uma teimosa insistência em não sorrir.

Estou certa que o quarto também será inundado.

Apenas há alguma dúvida sobre a melhor flor.

Aquela que será mais adequada, que dará o melhor resultado.

Aquela que saberá transformar o não sorrir

num sorriso autêntico, original, escrachado....

assim parecido com a dona do lugar.

Não será tarefa fácil,

como fácil não é aquela que ali habita,

mulherzinha teimosa, por vezes arredia,

quando cisma, é o diabo, convicta,

certeira, determinada, decidida.

Acho que o que complica,

que dificulta a tarefa,

é que a dita dona da casa,

anda ausente, tirou férias, licença...

ou sei lá, anda cumprindo promessa

em algum lugar distante ali nos cômodos da casa.

Difícil trazê-la de volta.

É uma praga de teimosa,

só volta se tem vontade

e só o Homem lá em cima

poderá dizer de verdade

o dia em que a madame irá resolver

habitar seu próprio lugar.

Enquanto isso vou cuidando,

colocando flores aqui e ali, na espera,

de que ela tropece em uma delas e,

quem sabe, por acidente,

olhe em volta e, de repente,

se lembre que aquela é sua casa,

que a casa toda é ela,

que faltam flores no quarto,

que a casa tem que sorrir.

Estou apenas cuidando

enquanto ela não está aqui.

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