A JOVEM SENHORA DE OLINDA
Muitas vezes na rua te avistei
Andando apressadamente,
Sempre em movimento,
Indo a nenhum lugar,
Fugindo de algum tormento.;
E impressionou-me o teu olhar
Profundamente triste, magoado,
Como se carregasse o enorme fardo
Que a vida as vezes nos dá.
-Alguma despedida- Pensei-
Dessas que não tem volta
Pois quem ficou é quem se importa
Com quem partiu e não voltará.
Mas que tipo de despedida
Te abalou senhora, tanto,
Refletindo em tua vida
E causando esse teu prato,
Se és tão jovem e tão linda?
Não sei, mas seja o que for,
Jovem senhora de Olinda,
Jamais deixes murchar a flor
Que vive no teu olhar... ainda! |
