O HOMEM E A ÁRVORE
Nascer,
Nasce-se apenas uma vez.
Porém morrer,
Morre-se um pouco a cada dia.;
Semana a semana, mês a mês,
Subindo da vida a escadaria.
E ao chegar lá no topo
No fim dessa fantasia,
Ou se está são, ou se está louco,
Mas quase sempre sem energia.
A força vital se esvai
Com o passar dos anos terrestres,
Tudo dói, tudo arreia, tudo cai,
Diferente dos carvalhos ou dos ciprestes
Que projetam suas vitalidades,
Sobre a terra e pelos ares,
Com seus troncos, raízes e galharia.;
Vencendo assim as idades,
Tendo as matas por seus lares
E os séculos por companhia.
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