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Poesias-->COM OU SEM VOCÊ -- 21/01/2004 - 15:09 (débora cristina denadai) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Teu rosto inalterado,

o olhar duro, frio,

um riso pré-calculado,

palavras poucas, colhidas,

a dedo, com muito cuidado...

Já vi isto vezes sem par,

mas até hoje, por razões mil,

nada pode fazer

que eu deixasse de te amar.

Pensei em todas loucuras,

todas as noites, todas as juras,

todas as tristezas, todas as agruras...

tudo que já vivi

sem deixar de lado, jamais,

aquela fé, aquela anestesia,

que me fazia ignorar

a dor que eu insistia

em fingir que não doía...

Agora, como num estalo,

pego-me a olhar-te e me calo,

apenas a observar

este homem tão estranho

que tu és há tanto tempo,

que eu vejo há tantos anos,

e não me entendo...me engano.

Olho de novo, esfrego os olhos,

mas é o estranho de novo.

Fico, então, imaginando

que o estranho sempre esteve

aqui, no mesmo lugar.

E que sou, então,

que estou onde não deveria estar.

Olho pra trás e pergunto

quanta coisa me mostrava

que aquele a quem eu amava

foi algo que eu criei,

fantasia acreditada

de Cinderela incrédula...

Não tem jeito:

da realidade não escapo,

o príncipe virou sapo.

Tento te sacudir,

ainda mantendo comigo

pequeno fio de esperança,

de te acordar,

de acordar a criança

que vai te fazer renascer....

Nada. Olhos frios, duros.

Iguais.

Desisto.

Sei que vou seguir.

A vida não espera.

Segue seu curso independente de nós.

Não adianta virar fera,

quebrar os vidros, amarrar os nós.

Ficou claro que há muito

já não existe um “nós”...

Tenho as mãos atadas,

os joelhos feridos,

as pernas cansadas

de subir tuas escadas...

Só sei que tenho que seguir.

Com ou sem você.

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