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Poesias-->Vinte e três horas, alguns minutos -- 21/01/2004 - 23:59 (Edio de oliveira junior) |
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Tenho a coagem de dizer que quero permanecer sozinho!
Tenho a audácia de aceitar que o silêncio grite em meus ouvidos.
Grite como voz humana nenhuma grita!
Tenho entre mim e o espaço longínquo, a idéia do que seja a certeza,
A certeza do que “seja” a dúvida,
Estes momentos pequenos de solidão,
Importantes, porém, de análises profundas... ...[e tudo se resume a nada]
Tenho diante dos meus olhos a certeza de não ser compreendido
(talvez, antes disso, a de não ser ouvido)
Tenho entre mim e o espaço longínquo estas gotas de chuva
Como um choro oprimido bailando através da alma
E desmanchando-se ao som de errantes metáforas escondidas.
Queria ter o mundo todo como um significado mensurável na palma da minha mão,
Queria compreender o sentido da vida e todo seu aprendizado,
Queria não ter nada! Ou ao menos compreender o sentido do temível “nada”!!!
Ou mesmo compreender todas as mudanças que ele poderia fazer em minha vida,
Ou não pensar e fazer nada e ainda assim ter tudo...
Tenho a coagem de dizer que quero permanecer sozinho!
Ao menos neste instante!
Pois quero também, em breve, a gostosa idiotice de ser humano...
Quero guardar o silêncio para além do metafísico, sentir minhas veias,
Meu suor, e sorrir ao compasso do vento, e adormecer na sintonia da noite...
Quero ver a terra girar, dia após dia,
Consumir minha imaginação no extremo exato em que ela pode ser consumida,
Esquecer a inteligência que não tenho
E brincar com a vida
Como brinca uma criança na inocência do existir...
... E simplesmente existir!
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