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Cronicas-->O mecànico J. Volpato -- 30/07/2000 - 12:45 (Humberto Azevedo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Filho de Valentino Volpato e Religonda Testti Volpato, nascido em 04 de outubro de 1925, em Santa Rita do Sapucaí, José Volpato começou com oito anos o aprendizado de mecànico na oficina do pai, onde todos irmãos também aprendiam desde cedo a arte da mecànica. Como ele mesmo diz naquela época todos os guris tinham que se dedicar a algo após os estudos matinais.
Com 13 anos, em 1938, ele passa a trabalhar 1 ano na Oficina Mecànica de Automóveis que pertencia ao senhor Luiz Adami, com quem teve como chefe da oficina o bom mecànico Geraldo Suano. " Foi uma experiência muito boa para mim", diz. " Na época eu era um rapazote de 13 anos de idade. Foi ali que comecei a me interessar mais pelos motores e pelas máquinas", lembra com grande recordação.
Mas a sua grande experiência foi quando ele trabalhou na antiga Fábrica de Armas de Itajubá, hoje Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel) , por qual passou quase quatro anos como funcionário. "Ali foi uma experiência gratificante, ali pude testar meus conhecimentos na área de mecànica, ali foi algo que marcou minha passagem pela antiga Fábrica", termina. Foi em Itajubá, Piranguinho, Pedralva, Brazópolis, cidades acima de Santa Rita que "seu" José passava os finais de semana descansando. Piranguinho... A capital brasileira do Pé de Moleque foi testemunha dos primeiros namoricos entre o descendente direto de italianos e sua namorada, hoje esposa, Maria Aparecida Mota (Volpato), com quem casou-se em 1955 e que teve cinco filhos.
De 1940 à 1943 José Volpato trabalhou no Cine Santa Rita onde praticamente inaugurou os equipamentos que exibiam os filmes romànticos daquela época. Os filmes de Hollywood começavam, nesta época, a tomarem conta das bilheterias. Afinal a Europa estava em Guerra. Pipocas, balas e beijos escondidos faziam das sessões do cinema um dos melhores programas da juventude.
Por dois anos, de maneira artesanal, José Volpato fabricou transformadores de núcleo saturado, que ele tirava dos carros e os colocava nos aparelhos de televisão das décadas de 50 e 60. Mas como era impossível de competir no mercado por causa da maneira quase artesanal com que trabalhava, ele fechou a pequena fabriqueta.
Hoje ele trabalha com a parte elétrica dos carros apenas para passar o tempo, pois há cinco anos ele resolveu se aposentar. Uma de suas frases que me impressionou ao entrevistá-lo foi: "A tecnologia nos jogou de lado, se não sabemos pelo menos um pouco de eletrónica, não sabemos mais mexer com nada".

Texto publicado no jornal Minas do Sul em 22 de julho de 2000
Escrito em 20 de julho de 2000
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