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Cronicas-->A vida do cidadão de Gonçalves mais santa-ritense do Plane -- 30/07/2000 - 12:48 (Humberto Azevedo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O amor
Dominado pelo maior sentimento que o ser humano possa ter, João Domiciano Coelho, mais conhecido como João Bertulino, conquista de corpo e alma a parceira eterna Doroti Ferreira dos Santos. O amor é mesmo muito engraçado. Ao preencher o coração de "seu" João Bertulino, a sua vida passa a se tornar um grande e misterioso relógio em busca de uma felicidade que está sempre presente naquelas horas de maior agitação que o nosso corpo passa. Com a eterna companheira teve sete filhos, obras do mais puro gesto de carinho que Deus tem para com nós pobres seres humanos. O nome dos filhos são Rosa, a homenagem à natureza, Isabel, a significação da beleza feminina, Berenice, a luta pela preservação do bem, Elenice, a bonita lembrança que os Helenos travaram no mundo clássico, Maria Aparecida, nome que lembra a mãe do Senhor e a protetora do Brasil, João, que demonstra a valentia de um povo trabalhador e António, a dedicação da palavra desdobrada em lindas recordações.
O personagem desta semana é natural de Gonçalves, distrito de Paraisópolis, que mais ama a cidade onde viveram figuras que ilustraram um pouco das páginas da história política brasileira. Filho de Bertolino Domiciano Coelho, daí o apelido, e Ana Isabel dos Santos, lavradores e nascido no dia 24 de junho de 1925, teve na infància o legado da roça que os pais lhe passaram. Homem de bem e de boa índole, João Bertulino tem 14 netos e três bisnetos. Hoje o seu maior prazer e vício, como ele mesmo confessa, é o jogo de truco. Ele também acredita que a mudança é sempre bem vinda e tem na mulher a pessoa que mais admira. Seu estilo de música preferida é a sertaneja, das boas modas de viola que "Tonico & Tinoco" nos deixaram. O amor deste grande motorista é também transformado em paixão pelo Clube Atlético Mineiro e também pelo amor que ele tem pela Terra de nossa gente.

O universo
João Bertulino chega ao universo santa-ritense no ano de 1948, já casado com Doroti há três anos. Enquanto realizava a entrevista de maneira bem relaxada com o senhor Bertulino, a senhora Bertulino fazia o almoço como sempre. De Gonçalves ele deixa a lembrança da lavoura para trás. Começa a trabalhar como motorista de aluguel. Trabalha como empregado até 1966, quando adquire um caminhão modelo Chevrolet-61 e inicia suas longas viagens para o interior do país.
Como empregado leva cargas de café, mudanças e cenoura para o Paraná, o Estado de São Paulo, de Minas Gerais, da Bahia e do Rio de Janeiro. Desses lugares traz para Santa Rita: madeira, ração de gado e cimento. Já com o caminhão próprio ele passa a fazer carretos onde entrega polvilho nas mais variadas regiões do sudeste para o senhor comerciante, Pedro Thomé dos Santos.

Os Deuses
Trabalhando como motorista do senhor Nagib Elias, ele conhece o Rio de Janeiro pela primeira vez em 1957. No Rio conhece os Deuses que tomam conta da cidade maravilhosa. Conversando com os Deuses, após adquirir seu próprio caminhão, começa a negociar tijolos e telhas com as pessoas daqui da cidade. Comprando telhas de Jacutinga, Pouso Alegre e Tambaú, ele mesmo fazia o frete e as vendia para os construtores de Santa Rita do Sapucaí. Os deuses ficaram todos encantados com a alma amorosa de "seu" Bertolino. O amor se enfeitiçou cada vez mais com a paixão que senhor João Domiciano Coelho tem para com a vida. O universo cada vez mais se abriu na esperança de criar um só mundo para o Gonçalviano Bertolino.

Texto publicado no jornal Minas do Sul em 29 de julho de 2000
Escrito em 27 de julho de 2000
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