Hoje, que seria o dia do seu aniversário, abri uma cerveja e coloquei no copo uma dose da "branquinha" que tu deveras apreciava e, em sua homenagem, bebi e o felicitei, pois tu vives em nossos corações e mentes...
Em respeito ao costume oriental queimei incenso e me despedi de ti sem fazer minhas costumeiras orações, mas agora escrevo-te algo que é mais que um tributo: é um canto, ou um réquiem alegre, pois tu eras a festa em pessoa. Tu animavas a todos e tua alegria era e será o nosso incentivo à vida...
BETO,
Em letras maiúsculas seguem os cantos;
ritos que embalam teu sono...
Mais que uma oração
mereceste um mantra
que juntos lemos e cantamos
ou ouvimos e escutamos...
Junto veio o sol
no dia que São Paulo teve céu limpo
sem nuvens e sem poluição
pois não batia mais teu coração
mas os pássaros cantavam: zum...zum...
e os nossos corações batiam pelo teu: tum... tum...
e abraçamos uns aos outros para demonstrar o amor
que tínhamos em potes largos...
Amigo, tu que seguravas nossas lágrimas com a tua graça, agora segurastes o nosso riso liberando nossas lágrimas para que todas caíssem de uma só vez...
Mostraste que é possível ser feliz
mesmo com todos os desafios da vida
Deixaste-nos um tesouro valioso
que são teus filhos lindos: Carol e Matheus
que junto com Cecília tua prole ergueu
Beto, tu que animavas as festas, hoje, animas o céu,
os pássaros, as nuvens, os anjos e a Deus...
Tu és nosso Anjo de Luz
que aqui na terra carregou também a nossa cruz...
Roberto Sakamato, cidadão brasileiro, com traços e de origem oriental,
invadiu nosso pensar em prece sem igual.
Cantemos em coro e com o som dos clarins,
pois tu brilhas mais que a flores e dos vários jardins...
Betão, companheiro de toda hora, aquele que nunca deu bola fora, pediu licença e partiu sem despedida, pois sabes que nos encontraremos em outra partida...
Vozes cantam em coro,
ao longe ouves nosso choro,
mas sabes que estamos contentes,
com o não sofrimento do que sempre esteve presente, mesmo hoje estando ausente...