SERÁ QUE BASTA?
Um dos temas mais discutidos na atualidade é o de como a população está descontente com a violência e de como essas pessoas reagem em forma de manifestações para lutar e pedir por PAZ.
O último movimento intitulado "BASTA! EU QUERO PAZ!", que foi organizado por pessoas de classe média, teve uma grande ajuda da mídia, onde foram veiculadas propagandas envolvendo atores, atrizes, apresentadores, enfim, pessoas de grande influência dizendo o quanto estavam mobilizados com esse manifesto, dando informações de quando e porque ocorreria o ato.
A mídia é realmente uma grande "manipuladora" , onde só é mostrado o que realmente vai despertar o interesse da massa.
Nesse manifesto a mídia teve uma grande participação se mostrando consciente e comovida com a violência ocorrida contra pessoas de bem ( ou bens), dando todo seu apoio, descarregando uma série de propagandas em cima dos telespectadores.
A questão aqui, é a contradição de ações, tanto em relação à mídia, quanto ao da classe média e essa manifestação "Basta! Eu quero Paz!".
Quando ocorre outros tipos de movimentos que vão contra o governo, os manifestantes, que aqui não são da classe média, atores, atrizes e nunca sequer apareceram na TV, nos são apresentados, pela mesma mídia consciente e " a favor de manifestos", como baderneiros e agitadores descontentes que gritam e fazem barulho.
Será que é porque são pessoas comuns?
A classe média só se mobiliza a fazer uma manifestação quando sua casa instalada em algum bairro de ascensão econômica, é assaltada. Fora esses "casos especiais", onde pessoas de bem e "com bens", são ameaçadas pela violência, essas manifestações ganham título de "baderna", ou vira "coisa de quem não tem o que fazer".
Depois de casos como estes, aparecem manifestações, gritando "Basta! Eu quero Paz!".
O que falta não é consciência de que a violência está à solta, ou que a sociedade está destruindo a Raça Humana. Disso, todos sabem! A consciência que falta é a de perceber que todos esses problemas sociais, já viraram " uma bola de neve", onde uma questão, leva à outra.
Adianta gritar contra a violência, sem gritar contra o desemprego?
Qual é o critério de se priorizar a alta violência? E os outros problemas, serão esquecidos até quando?
Tudo isso é decorrente de um longo processo histórico - social, onde 90% da decisões foram tomadas de modo inadequado e a população com sua ingenuidade (não sei se é realmente ingenuidade) acredita que pode consertar algo que está implantado desde que o mundo é mundo, através de manifestações gritando BASTA!
E por acaso, adianta gritar?
Taíse Regina Leal dos Santos - 2ºSem. Letras
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