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| Poesias-->Ilusões de Ótica na Cidade Grande -- 21/01/2000 - 09:37 (sidney pires) |
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É a placa de “não pise”
Ereta
Inútil
Sem graça
Dormindo na grama da praça
E o sinal de “contramão”
Sempre a contragosto
Nos quintos da esquina
Cheia de fumaça
É aquele farol quase à toa
Esquecido
Esquelético
Perdido
Em meio à massa de daltônicos
E o taciturno “não buzine”
Vez por outra, mal falado
No palco-rua sempre atulhado
De carros estereofônicos
É um pobre cestinho de lixo, coitado!
Solitariamente intacto e limpo
Ilhado num mar de papéis,
Bitucas e pedaços de rosquinha
E as repulsivas letras de “não fume”
Encobertas numa “nice”
Pela neblina “ligth”
Da baforada fresquinha
Ë este meu aparente caminhar
Relaxado
Desatento
Calmo e
Sem motivos de correr
E eu com esse ar de dinheiro no bolso
Segurança na alma
Equilíbrio mental e
....sem medo de morrer.
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