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Cartas-->Elogio a beleza (5) -- 11/02/2003 - 18:29 (Marcos Lazaro da Silva Bueno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
São Paulo, 04 de novembro de 2000

De: Marcos Lazaro da Silva Bueno
Para: X
Assunto: Relatos de amigos

Se não ler minha carta, talvez acredite em meus amigos

RENATA RAMALHO DA SILVA

Oi X, tudo bem! Desculpe-me se passar um pouco do limite, mas quando fico indignada com certas coisas... Sou colega do Marcos há muito tempo, e ele insistiu muito pra que eu escrevesse o que eu achava das cartas que ele mandou pra você. Além disso, ele está dando total liberdade pra escrever sobre ele, então não estranhe se xinga-lo, assim como você também gostaria de xingar.
Eu também achei que ele foi vulgar, se ele tivesse me mostrado a primeira carta, eu pegava e rasgava. Agora que o mal já foi feito não adianta nada chorar o leite derramado, pode-se sim concerta-lo. Ele só foi mostrar as cartas agora pra eu dar a minha opinião. E muita sacanagem. Se esconder atrás de uma pessoa que não existe pra escrever sacanagem pra uma outra que nem conhece direito, só um filha da puta como o Marcos poderia se intrometer tanto na vida de outra pessoa, ele é doente e não é de hoje, pensei que ele já tinha se curado desse mal.
Você não foi a primeira e pelo visto nem vai ser a única, mas antes ele escrevia cartas mais carinhosas, agora... Não sei o que deu nele. Fiquei puta da vida por ele ter feito isso com você.
Bom, espero que vocês conversem civilizadamente e resolvam o que tem de resolver. Tchau e espero vê-la qualquer dia, caso seja possível.


LEANDRO SIQUEIRA

Oi X, prazer em conhece-la apesar de ser apenas por carta. Quase amiga de amigo meu vira amiga pra mim, então... Apesar de o Marcos ser muito tímido, ele falou umas duas vezes de você e das cartas que ele queria mandar. Ele também me deu total liberdade, então eu vou escrachar ele, porque mulher nenhuma merece receber cartas iguais a que você recebeu.
Nunca vi pessoa mais patética que ele. Por que se ele não estava a afim de você, não chegou e trocou uma idéia. Não sei como você é, mas poderia até ter dado certo, apesar também de ele ser um merda, um tremendo idiota. Eu já falei pra ele que ficar escrevendo não vai levar a nada, ainda mais coisa desse tipo, agora se ele quer insistir que se foda a vida inteira. Além disso, ele esta se humilhando diante de você e eu sei que mulher nenhuma gosta disso, pois se ela não sente amor próprio, como pode sentir pelos outros.
Bom X, se você for conversar com este idiota vê se pega leve. Até qualquer dia.


ANA MICHELINE COSTA REGO

Prazer! As cartas as quais ele lhe mandou foram as melhores que já li, pudera eu receber cartas tão vulgares de meu namorado.
Vulgar vai da cabeça de como a “sociedade” lhe impõe certas coisa as quais são consideradas “erradas” tais como o sexo. Ele quis apenas expressar o que estava sentindo, assim como o pintor.
Digamos que o Marcos foi um tanto que imaturo ao escrever sobre suas supostas qualidades físicas, e o que gostaria de fazer com você. Ele poderia escrever com um pouco mais de qualidade, ao invés de ir direto ao assunto.
Pode ser que ele não tenha qualidade nenhuma, mas se conhece-lo melhor terá uma visão totalmente diferente. Quem é superficial não conhece o todo. Então deixe os pré-conceitos que a “sociedade família” lhe impões e tente conversar com ele para que ambos possam deixar de ser superficiais e possam atingir o todo.
Muito obrigado pela atenção



Assunto: Carta Masoquista

Olá X, quanto tempo! Pensou que havia esquecido de você? Bom tentei mas não consegui esquecer seu corpo, objeto de meus pensamentos.
Bom, parece que ao estar enviando esta carta estou violando um direito seu, alias para você “nunca” (o que é uma palavra muito forte) deveria ter se quer pensado em escrever. Acho que estou arranjando mais problemas do que poderia imaginar, mesmo assim como escreveu o poeta: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”. Caso me ignores, te cansarei pelo cansaço.
Nem passava mais pela cabeça escrever-lhe uma carta após tantos nãos, quando veio você (alias A, e entregou-me a sua carta, pois tem medo de vir até mim sozinha) e mexeu com a minha libido. Só estava esperando a fogueira baixar para faze-la crescer novamente, através desta carta. Desta vez não haverá nada “muito vulgar” (como você mesmo escreveu), não irei lhe enviar contos digamos “eróticos ou pornográficos”, e nem perguntas usualmente muito particulares. Esta carta devera ser simples e direta, apesar de longa.


Assunto: Erro “vulgar”

Gostei do modo o qual me chamou “vulgar”, isso não é uma ofensa, é um elogio, mas mesmo assim eu lhe pergunto: “Por que é que sou considerado vulgar? O que fiz ou escrevi para que seja considerado vulgar?”. Pelo que pude entender, sou considerado vulgar por minhas cartas tratarem de “sexo”, mas não é de sexo que você gosta de “pensar”, então porque a estranheza, porque tanto nojo? Deve haver uma razão e eu quero saber o porque, venha é diga tudo que tem para falar na minha frente, não mande recados.
Não deveria, mas estou redimindo-me do erro, ao ser um tanto que infantil, cafajeste e machista, apesar de também ter as minhas razões. Você conhecia-me muito pouco ou nada, eu o mesmo, estou certo? Sendo assim, como uma pessoa que mal lhe conhecia poderia estar escrevendo sobre sexo, invadindo a sua privacidade como alguém que mexe com você sem mais nem menos, quer goste ou não. Sendo assim o que é que eu posso fazer, reprimir o que sinto ainda mais? Poderia até fazer isso após tantos nãos, mas não farei isso agora, sendo assim não te respeitei e continuo a não te respeitar, justamente por ser este o único meio o qual posso continuar a expressar o que sinto, mesmo que você não queira. Isso tudo não é muito nobre e puro como pode notar, mas sim vulgar, luxurioso e imoral, mas...
Culpa-me por não escrever uma carta digamos mais romântica e amorosa? Se me culpa o que eu poderia fazer, escrever? Caso escrevesse nunca me chamaria de vulgar, e continuaria a ser o mesmo que conheceu e continua a conhecer.


Assunto: Sua carta

Porque será que você só pode manter contato (apenas carta) após encontrar-me? Asco não deve ser, será medo? Pensei que só eu tivesse medo?
Já leu “Dom Casmurro”, lembrasse dessa expressão: “... olhos de cigana obliqua e dissimulada...”. X, quem foi Capitu, enxerga-se nela? Dissimulada, sim é uma mulher dissimulada. Poderia começar o segundo parágrafo por ai, mas lembrei-me de Capitu, lembrei-me também que todas as mulheres dissimulam, então dissimular é tão normal, que nem chega a ser uma ofensa.
Sendo assim, como pode escrever tanta mentira? Mulher geralmente gosta de ser elogiada, diz-se que lhe levanta o ego, então como pôde ficar ofendida com tantos elogios. Esta certo que exagerei, mas mesmo assim continuam a ser elogios.
Asco? Nunca sentiria asco por receber uma carta. Eu não devo ter te inojado tanto assim, devo? Talvez o que esteja sentido seja um desconforto emocional ao ter que ler cartas as quais não goste muito, nada mais, é tão normal ser contrariado.
Se me odiasse nunca escreveria uma carta tão formal. Geralmente quem odeia nunca começa uma carta com um “Oi por favor...”. Um “Oi”, você me odeia, me ama, ou nenhum dos dois? “Por favor”, assim você implorou para que lhe escrevesse.
Explicações? Geralmente deve-se ser curto e grosso. Leia esta explicação: “Suas cartas viraram pó...”, mas eu não posso escrever-lhe outras que eventualmente virarão pó também, então. “...não li todas elas, quer dizer não li nenhuma, só o começo...”. Você escreve primeiro que não leu todas, se contradizendo ao escrever que leu nenhuma, se contradizendo novamente ao escrever que leu apenas o começo, afinal você leu, não leu, ou leu apenas o começo. Por mim você leu todas e gostou, só que não admite.
Violência não vai levar a nada, mas gostaria que usasse da violência para ver se cumpriria as palavras escritas na carta, tais como “...estourar sua cara de soco..., ia te xingar e te bater...”. Por falar nisso quem lhe segurou, sua consciência? Alem disso, se ia xingar-me, por que já não xingou nesta carta? Pareceu ser um desrespeito para com a minha pessoa, mas eu também não fiz o mesmo? Não xinga nem de uma maneira nem de outra.
Como posso sumir da sua vida se é você que me procura, não conseguindo assim fazer com que esqueça seu corpo que continua a tentar meus pensamentos de segunda a sexta. Até tentei respeitar seu pedido de não mais vê-la, mas é impossível não olha-la.
Sobre o seu possível namoro, seja feliz, já que por incompetência não consigo ser feliz, então que seja possível contemplar sua beleza. Noivado, casamento, esta é a pior asneira que já li, me desculpe. Pareço ser bobo (o que é um passo da ingenuidade), mas não ingênuo a ponto de acreditar nisso. Se estivéssemos na década de 50 até podia acreditar, mas agora só se estivesse gravida. Por acaso esta gravida (isso não é da minha conta)? Parece que não. Então só pode ser amor. Ah o amor, como ele nos (todas as pessoas) faz ser tolos, ingênuos e nos faz idealizar coisas que jamais imaginávamos. É isso X, o amor? Não X, eu não acredito que o amor o qual sente por esse eventual namorado possa acabar em casamento. Então qual o seu interesse em escrever que estava noiva? Por acaso esta tentando desestimular-me, ou causar-me ciúme (se me odeias ciúme não pode ser).
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