A moça que dava dava por obrigação
Mas no obrigado que era sentia prazer
Corria todo o outro corpo com sua mão
E fazia no seu corpo a carne morta viver
E no quarto escuro a moça era a atriz
Que amava seu par enquanto dava a sua
Jóia secreta que se abria em sua valise
Desde que recebesse para mostra-la nua
A moça que dava tinha dez namorados
De dia e de noite outros dez maridos
Que lhe prometiam casa e vida melhor
Mas nenhum deles cumpririam. Coitados
Que da moça que dava eram desentendidos
Quando ela, as vezes em prantos, falava de amor.