Se, apenas para seus olhos, de repente, o sol nasce no horizonte...
E o vento ecoa, ao longe, nos montes...
Se as nuvens insistem em cobrir o céu azul, formando imagens...
De rouxinóis e sabiás cantando teu nome, em ternas paisagens...
Se o dia amanhece cinza, e as árvores sem folhas...
Se a rosa não mais tem o doce perfume para você aspirar...
E o riacho teima, ao amor, por suas margens, não mais murmurar...
E se a chuva que cai, pálida e cálida, se posta ante de ti, para teu nome celebrar
Se o oceano, que bebe em teus pés e come em tuas mãos, traindo a lua, desmorona-se em prantos, ao avistar seus olhos
E o céu, pela eternidade ao universo pregado, desprende-se do aconchego de sua morada, e desce a terra apenas para sentir seu perfume e suspirar
É, pois, sois de luar e sentimento, e de memória, de que talvez o amor esteja entre as nuvens, livre, brincando, e não dentro de um peito, preso, chorando...
É, pois, sois uma melodia, inculta, e bela, e triste, declamada pelo mar às estrelas, que se calam pela boca, mas que através do pranto agradecem...
Por fim, é, pois, sois o vento, o sol, e as nuvens, que respondem ao retumbar de um amor...
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