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Contos-->Ave monarquia -- 26/07/2003 - 20:36 (Marcelo Santos Costa (Marcelo Tossan)) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A mata úmida o eco dos tiros e a revoada assustada de pássaros de várias espécies.
Na caçada de hoje o caçador consegue comida pra mais de mês. No mês seguinte ele adentrava a mata com rosto frio e ar calculado. Existia naqueles recantos uma espécie rara de ave, que de tão imaculada fazia seu ninho na palma da mão do caçador.
O caçador olhou, mirou sua espingarda e tomado por uma inteligência maléfica não o mata. Passa a observar o pássaro trazer a palha pro ninho, vê os ovos serem botados e concebidos e os filhotes depenados sendo nutridos.
A mãe alimenta seus filhotes e o caçador até ajuda-a na tarefa organizando um por vez da ninhada de cinco.
Estava se tornando um padrasto e um marido sem asas.
O caçador se pergunta em dúvida: seria hora de matar a mãe e preparar uma bela refeição? Decidiu que não. Iria esperar os filhotes terem condições de sobreviverem sozinhos e engordarem mais. Um dia acabou a refeição e não teve outro jeito, enquanto os filhotes dormiam no breu da noite sua mãe é morta com o pescoço destroncado.
Os filhotes inquietos piam o caçador coloca-os numa gaiola e mais ninhadas foram aparecendo e conforme isso acontecia os mais velhos e untuosos eram abatidos.
E assim no seu reino de pássaros explorados o caçador monarca viveu sem caçar durante anos. Mas como a natureza não pode ser manufaturada aconteceu um imprevisto. Uma pássara adoentou-se e morreu, uma outra ninhada gorou. E ficou um bom tempo sem se botar sequer um ovo novo. O caçador já faminto estava impaciente e contou os que restavam na gaiola, sobraram ainda quatorze pássaros, três que estavam adoentados foram sacrificados.
E nada de ovo de novo!
Eis a razão do problema não era greve ou protesto. Simplesmente os pássaros eram todos machos. Após a descoberta durariam mais um mês, foram assados,ensopados,refogados etc...
Era hora de caçar novamente, o caçador tremendo mirou e errou todos os tiros que disparou. Tinha desaprendido a caçar depois de longos anos sem atirar e também já estava velho demais pra isso. As sabiás sabiam e faziam malabarismos no ar, as aratacas piavam e desdenhavam, as araras gargalhavam, os tucanos estalavam os bicos em palmas e todas as aves da região voavam livres.De tanto atirar acabaram-se as balas, a cidade era longe, ele teria que ir a pé.Pegou a estrada que dava na cidade e por sorte não virou comida de onça. A verdade é que no meio do caminho, o caçador caiu desmaiado e morreu de inanição e os urubus e abutres foram à forra.
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