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Contos-->O COLECIONADOR -- 28/07/2003 - 09:56 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Todos nós temos algumas manias; uns gostam de colecionar livros, conquistas amorosas ou dinheiro; outros imóveis. Eu conhecí um sujeito que tinha por tesão o acúmulo de propriedades imobiliárias. Essa sua afinidade começou ainda na adolescência, quando jogava com seus coleguinhas, de troca-troca, o Banco Imobiliário.

Quando cresceu, formou-se num curso vago, figurinista de moda feminina, mas não deixou seu sonho de lado. Herdou da mamãe algumas casinhas no centro da cidade. Até jurou, no seu leito de morte, que não só manteria as propriedades como as centuplicaria.

Seu frenesí colecionista, era sem dúvida, a sublimação daquela sexualidade represada. Depois que se formou, na escola agricola enorme, onde à noitinha, após as aulas, entrava nos matinhos, para trocar carícias com os boiolas, e não tendo outra alternativa, a não ser o erário público, como fonte de renda, com com a qual pagaria as aquisições, candidatou-se a prefeito de Tupinambica. Foi eleito e sua gestão até que não foi má.

Ocorre que se continuasse mantendo as posses no seu nome, despertaria a inveja e o ciúme da oposição que não o perdoaria. Foi por isso que agenciou um parente seu como testa-de-ferro. Ao títere então se acresceu duas centenas de imóveis construídos nas áreas mais valoradas da cidade.

Aconteceu porém que alguns vereadores oposicionistas, astutos, ao perceberem os desvios das verbas públicas, tentaram obstruir o andamento das negociatas. Mas o doutor Trama, mais esperto ainda, aliou-se a uma seita malígna, angariando sua simpatia com a fixação, por decreto, de muitas datas comemorativas e efemérides.

Além da seita malígna o prefeito era assessorado por um sujeito esquisito, bem complicado, branquelo e com a bunda extremamente larga. Ele se denominava professor de astrologia e numerologia, que tinha conhecimento também de marketing. Mas o sujeito não era boa bisca. Usava as técnicas que conhecia para destruir os adversos. E foi por isso que aconselhou a um comerciante, colega de churrasco, enorme e parecido com papai Noel, simpatizante do prefeito, a instalar câmeras filmadoras em todos os aposentos da sua loja de armarinhos. Nela manteria sob contrato, mesmo que precário, o mais derreado combatente, insubmisso e ordinário, contestador daquele poder podre.

O mal propício seria filmado e as fitas, com suas imagens, remetidas a todos os demais grupamentos, qualificados a sugerirem condutas criminosas aos menecmas do embusteiro. A imagem do fanfarrão seria, enfim paulatinamente, corroída com a agregação a ela de situações funestas, criminosas e reprováveis.

Os seguidores da seita teriam então, o aprazimento de ver aquele linguarudo punido por ter falado tudo aquilo que falou.

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