Folhas Secas
Caem porque estão mortas,
Rolam pelo chão,
Arrastando o amarelo marrom
Sua cor sem respiração
Como pássaros, algumas voam,
Sem destino , no destino ao léu.
Pairam sobre telhados,
Viram tapetes,
monturos a serem queimados.
Folhas secas, de um passado verde,
De vibração alegre no abraço do vento,
Lembro -me quando sob teu abrigo,
Me guardaste do sol ardente,
Livrando-me a cabeça
Dos raios quente
Tudo passa...
passas também...
Levando consigo uma vida,
Amadurecida na imposição do tempo.
Já sem vigor,
Teu espaço não tem valor
Folhas secas, soltas ao vento,
Dispersas em redemoinho,
Perdidas de suas hastes,
Já não te alimenta a clorofila
Desfiguradas, vagueias no caminho.
Jair Martins 10/02/04 - 11h06
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