Quando vou, permaneço.
Assento-me ao teu lado direito
e certamente não te dou um minuto de espaço.
Sem controle, concretizo teu corpo,
teu cheiro quente e teu hálito.
Sem notar, me vejo sorrindo, te afagando,
cantando bem baixo no teu ouvido.
Sem perceber, troco de roupa,
te conto a última notícia
e leio alto o teu horóscopo.
Sem querer, xingo porque não apagaste a luz
e deixaste a torneira a pingar.
Sem enxergar, me viro na cama,
te abraço e te chamo de meu amor.
Por querer, sempre que vou,
levo você comigo. |