Usina de Letras
Usina de Letras
177 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62236 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10367)

Erótico (13570)

Frases (50631)

Humor (20031)

Infantil (5434)

Infanto Juvenil (4768)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140807)

Redação (3307)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6191)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Meu Andarilho -- 21/01/2000 - 10:58 (Davi Kendy Yorozuya) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Meu andarilho, de noite sem brilho ,

olhe as musas de tuas esquinas

e abraça meus moleques desta pracinha.

Acalenta , afaga, orna essas rimas

com brilhantes das lágrimas dessa linda moça.

Dela naufrága toda piedade,

perdendo-se pela margem escura toda bondade

secando-se sem poesia,

pois não há mais flores vivas nesses dias

só versos cinzas , sem fantasias.

Constrói , arruma os escombros de abandono

desses corações vazios, meu andarilho ,

que quase sempre insistem em bater forte,

bater com ódio inconstante.

Olhe para essa pobre linda moça

que chora , grita esfomeada

e está sempre a tremer de frio do medo

pelo vestido sujo e contido.

Veja , pois és a dor daquele cálido amor

onde estes frios versos irás compor







Meu Andarilho , de noite sem brilho,

puseste tu a forçar a rimar

em teu desvelo eterno de sempre procurar.

Por onde anda a pobre linda moça ?

Olhe para estes fios caídos vermelhos tingidos

que dobram a tua esquina,

que enlaça-te o odor de perfume fétido.

Escute o entoar desses choros,

das musas de olhos d’água da alameda,

e a pobre linda moça caída.

Caía-lhe também sua profunda dor desfalecida,

solidão desta pele pura pálida

com braços vazios e seios cálidos murchados,

redundante ao pó de vossos corpos.

Não te precipites em ajuntar o corpo, meu andarilho ,

pois não acharás nenhum gemido.







Meu andarilho , de noite sem brilho ,

não há mais tua musa

tragaram-se as poesias , todas essas rimas

Olha teu coração em escombros

e o corpo singelo da pobre linda moça :

Não há mais cabelos

somente o vestido curto que encobre todo o rosto

mas descobre o corpo

definhando , espalhando escombros da nua cidade

cheia de Hades e maldade .

Vagueia , meu andarilho , nesse lugar errante

a esmo , a vento , a tua sorte ,

não sejas triste em achar pobres rimas sem brilho

pois tu és somente um pobre andarilho.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui