PENSAR EM OURO PRETO AQUI EM LONDRES,
PODE PARECER ESTRANHO A MUITA GENTE.
COMPARAR OURO PRETO COM ESTA ENORME LONDRES,
PODE PARECER MAIS ESTRANHO AINDA.
MAS É QUE NO PEITO DA GENTE BATE UMA SAUDADE
CONSTANTE,
GRITA UMA DOR TÃO FORTE E HÁ UMA VISÃO INCESSANTE
DESTA TERRA QUE TANTO IMPRESSIONA QUEM A VÊ,NELA
VIVE,OU VISITA.
É QUE OURO PRETO É COMO SE FOSSE RESPONSÁVEL,
POR TODOS NÓS,
E EU DELA ME LEMBRO CONSTANTEMENTE,
AQUI NESTE QUARTO ALUGADO ÀS MARGENS DO TÂMISA,
OUVINDO AS HORAS DO BIG-BEN.
DE NADA ME VALE PODER DIVISAR DAQUI
A ABADIA DE WESTMINSTER,A CASA DO PARLAMENTO
E TANTOS MONUMENTOS MAIS, COM SÉCULOS DE HISTÓRIA,
SE MEUS OLHOS NÃO PARAM DE VER A OURO PRETO QUE
FICOU PARA TRÁS.
E DE NADA VALERÁ SAIR DAQUI AGORA,
GASTAR MEUS POUNDS NOS PUBS DA REGENT STREET
OU NAS DISCOTECAS DO PICADILLY CIRCUS.
NEM VER OS POMBOS DA TRAFALGAR SQUARE,
PORQUE A PRACA TIRADENTES COM SEU FOG LONDRINO
NÃO ME SAI DA LEMBRANCA UM MOMENTO.
nnr
Londres, Inglaterra, 1981 (nesta época, o autor
morava naquele país) POEMA DEDICADO AOS BONS AMI-
GOS E AMIGAS DE OURO PRETO,EM ESPECIAL À "DONA PINHA".Publicada no jornal `O
VILA RICA`,órgão informativo da 15 Delegacia Re-
gional de Ensino de Ouro Preto,maio/junho de 1981
e posteriormente em livreto informativo cultural
daquela cidade,denominado AGENDA CULTURAL DE OURO
PRETO,de dezembro de 1993, número 26,página 50.
Coordenacão de Joel Fernando Penna.
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