Cantada por perdedores
A História é inclemente
Marcada por fortes ecos
Revela verdade indecente
Antes seja “café com leite”
Formalizando elites
Que nordestino presidente
Haja ouro, haja café
Pra tanto suborno efluente
Que emana do sangue incolor
De um país sem raça imponente
Que continue “café com leite”
Formalizando elites
Que nordestino presidente
Acastelada entre muros
Em fileira intransigente
Armada estava arataca
Em posição quadrivalente
Expulsando “café com leite”
Sem formalizar elites
É nordestino, o presidente.
Festejando a liberdade
Estava a urna aurifulgente
Com voto que virou neve
E a posse do assistente
Não serviram café com leite
Mas formalizaram elites
É nordestino o presidente
Camuflada a democracia
Por um populismo irreverente
O líder que vem da fábrica
Arrebanha um povo incontente
Derramando café com leite
Serrando as formas da elite
É nordestino, o presidente.
Uma promessa tacanha
Destruiu a esperança ardente
De um povo injustiçado
Explorado genuinamente
Surge um líder de partido
Formalizando as elites
É nordestino o presidente
Surge a grande severidade
Das cassações condescendente
Engrossando as fileiras
Dos eleitos prepotentes,
Das raposas da elites
E da Câmara Federal
É nordestino o presidente