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Cartas-->Minha vida cultural -- 18/02/2003 - 08:43 (BRUNO CALIL FONSECA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Gabriela Vieira Luppi
Acadêmica de Psicologia da UFES
Bolsista do CNPq
Minha vida cultural nunca foi exemplo pra ninguém, mas a verdade é que na época que eu me deslocava pela Paulicéia Desvairada valendo-me do mavioso sistema de transporte coletivo atrás de faculdade, estágios, peças de teatro, visitas a amigos e milhões de coisinhas afins ou não, a minha média de leituras era de 35 livros/ano. Depois que me converti ao transporte egoísta, contudo, essa média caiu pra uns 4. Isso nos bons anos, em que enfrento muitas salas de espera e audiências atrasadas nos Fóruns da vida.
Além de grandes fomentadores culturais, o ônibus, a lotação, o trem e o metrô são excelentes laboratórios de análise da alma humana. Você está lá, tão espremido, tão próximo de estranhos quanto num elevador, só que por muito mais tempo. Você ouve coisas, testemunha fatos, experimenta toques e sente cheiros que jamais fariam parte da tua existência não fosse esse aglomeramento humano ambulante.
Nos grandes centros passamos horas e horas de nossos dias neles e aí não há muita opção: ou compramos um radinho com fone de ouvido, ou dormimos, ou lemos, ou olhamos os outros, ou oramos, ou refletimos nos grandes temas da vida, ou puxamos papo – esse último, exclusividade dos extrovertidos.
Desçam o lenho, falem mal do ônibus nosso de cada dia, mas a verdade é que andar de carro reduziu não apenas minhas leituras, mas minhas horas de sono, de oração, de análise enxerida de seres humanos desconhecidos e disso tudo sinto falta. Não à toa, a patroa me deixa matar a saudade, confiscando o carro de quando em quando.
A idéia desta edição nasceu quando a Lux lia uns contos meus e percebeu que boa parte deles se desenvolvia dentro de ônibus. Percebi que, de fato, havia uma longa crônica da ligação Capão Redondo-Praça da Bandeira nos meus escritos. Oras, isso dá literatura! Tudo bem que a edição acabou ficando quase só “Especial ônibus”, e não “Especial Transportes coletivos”, o que vem coroar irretorquivelmente o ônibus como rei dos transportes coletivos.
E ele tanto dá literatura como finalmente recebemos algumas contribuições (êêêêêêê!) de leitores dispostos a tocar no assunto. Vejam vocês se elas merecem ou não merecem uma atenção.
Começamos com um dos tais meus escritos gestados sobre o duro plástico de um banco de ônibus. Atenção! Garanto-lhes, por parível que encreça, que é baseado em fatos realíssimos (O dia da razão).
Eu sempre gostei da expressão "transportes de amor". É lírica e musical ao descrever a paixão que pinta o mundo de cor-de-rosa. Lux (Natal - RN) manda em belos versos a transposição desse doce e sublime transporte para o outro, nem tanto (doce e sublime) (Viagem).
Nossa contribuinte estreante Jane de Paula Carvalho Santos, de Brasília (veja a biografiazinha dela no final da edição), relata com graça um começo de dia que poderia muito bem ser paulistano, carioca, belorizontino, curitibano, portoalegrense, potiguar... enfim, receber pisão no pé em ônibus parece ser tão universal quanto dor de cotovelo (Ana Luísa e o baú dos horrores).
Rubens de Souza Ribeiro (São Paulo-SP) retorna a COMverSOS com uma ótima lovestóre a que o roncar dos motores do ônibus serve como música de fundo (A garota do ônibus).
Erlon Campos (São Paulo-SP) aprofunda o baú dos horrores a que se referia Jane, com a verve classuda a que vosmecê já estará decerto acostumado (A viagem).
Não poderíamos dizer bai bai sem ver o que nossa musa potiguar tem a dizer também em prosa. Lux (Natal – RN), em furo de reportagem, diz quem inventou a roda e faz uma digressão divertidíssima sobre meios de transporte em geral. Bem aventurado todo aquele que chega até seu texto (Meios de prazer – uma crônica não erótica).
Vamos dar um dê êndi com um texto para CRISOL (você sabe, onde falamos de fé, o melhor assunto de todos) e ao mesmo tempo inaugurar a sessão FLÉCHIBÉQUI: vamos republicar o texto que apareceu no Crisol da edição # 8 de COMverSOS, que casa com o tema desta 19ª edição, só que numa versão corrigida e atualizada (Fim da viagem). Ok, prometemos fazer a sessão FLÉCHIBÉQUI ser bem rara. Promessa de COMverSO.
E pronto. Fim da viagem!
Marco Aurélio Brasil (marcao@comversos.com.br)
marcao@comversos.com.br
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