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Cartas-->Elogio a beleza (11) -- 18/02/2003 - 17:07 (Marcos Lazaro da Silva Bueno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
São Paulo, 21 de outubro de 2002
De: Marcos Lazaro da Silva Bueno
Para: X

Oi X, tudo bem!

Sei e tenho idéia de que o que vou escrever não lhe agradara e não sente nenhum interesse. Bom, mas mesmo assim segue a carta.
Poderia estar ai me desculpando como já fiz tantas vezes, poderia também estar escrevendo uma carta vulgar com as primeiras que lhe escrevi, mas não, passado tanto tempo e tantas coisas ruins e boas que lhe escrevi, ao ler sua carta, aquela mesma em que não quis entregar pessoalmente, pedindo para que a Alexandra entregasse junto a um envelope todo rabiscado e rasgado pedindo assim para que lhe esquecesse, bem sem ser sarcástico, ao lê-la me dá, como já fiz tantas vezes, além de trazer saudades sua, me dá vontade de rir. Se servir de consolo, ao ler minhas cartas hoje, acho-as ridículas e também dou risadas das besteiras que escrevi. No seu caso riu, pois sua carta é um aviso ameaça sem ameaça, ou seja, passado tanto tempo não cumpriu nada do que havia escrito, bom, cumpriu em partes.
Fez quase tudo para me esquecer, mas cada vez que lhe escrevo não tem como, sempre vem a minha imagem em sua cabeça. À vontade de fazer com que não lhe escreva é grande, e pode chegar uma hora que não me agüente e acabe fazendo uma besteira.
Lembro-me bem daquela noite em que conversamos e você nervosa (vendo você hoje naquela situação, não estava nervosa, estava até tranqüila), pediu para que não lhe escrevesse, caso contrário as coisas poderiam piorar pra mim. Bom, as coisas não pioraram, tanto é que estou escrevendo até hoje, mas uma hora as coisas podem melhorar ou piorar. Espero que melhorem.
Se lhe dissesse mais uma vez que estou a fim de ter um encontro com você, para que possamos nos acertar e melhorar, fazendo com que continue lhe escrevendo ou não escrevendo nunca mais, nem para você nem pra ninguém.
Já esta cansada de receber as minhas cartas, as quais sempre com o mesmo conteúdo. O que vou escrever a seguir você não vai acreditar, alias, depois das besteiras que escrevi ninguém me daria credito, nem as pessoas que mostrei as cartas que lhe mandei me deram, e isso não é mentira como tantas outras que já lhe contei. Quero ganhar sua confiança, mesmo que há tempos perdida. Acharam as cartas que lhe escrevi de péssimo gosto, dizendo até que poderia conquista-la de outra maneira, o que passado tanto tempo e refletindo sobre o assunto achei que seria a maneira correta. Não vou expor aqui os motivos do porque não lhe escrevi de outra maneira, poderia, mas por educação coisa que não tive e não sei se estou tendo, não vou escrever. Agora não adianta chorar sobre o leite derramado, o que eu escrevi eu escrevi, e se não tivesse lhe escrito tudo aquilo me arrependeria mais.
A carta a qual estou escrevendo têm dois momentos. O primeiro é um período em que escrevi após o seu aniversário, e no qual é o inicio da carta até o trecho: “... nem pra você nem pra ninguém.” O segundo período é o atual. Bom pra que estou lhe escrevendo isso, pra dizer que há dois momentos diferentes, um que defende a idéia de que devo continuar escrevendo as coisas que já escrevia e outro defendendo a idéia de mudança, não sei se para a melhor ou pior. Estou buscando o melhor, mas você depois de tudo que já escrevi não me vê com esses olhos. Mereço o seu distanciamento? Com certeza que sim, você não sabe se minha mudança lhe beneficiara ou não, mas também se não tentarmos uma aproximação mesmo que tímida e a distancia, não saberá se o que escrevo lhe interessa ou não, mas também ira temer que escreva tudo o que já escrevi, as mesmas canalhices e idiotices.
Ficaria magoada com o que escrevi no inicio da carta? Provavelmente, qualquer um ficaria, eu ficaria. Então me de essa chance, por mais pequena que for. Nem era para escrever que de a si essa chance, pois certamente estaria lhe induzindo a fazer isso, o que não é meu objetivo.
Caso você queira me encontrar para que possamos conversar e não discutir, marquemos um encontro. Ai esta uma chance, me escreva ou então me telefone (XXXX-XXXX) que irei comparecer.
Achei que não devia nunca mais lhe escrever, de maneira nenhuma, esquece-la seria uma boa maneira de nos esquecermos, guardando assim meus sentimentos e não os expondo nem a você nem a ninguém, vivendo assim minha vida. A carta já estava quase pronta quando pensei nisso, que não valia lutar por algo perdido, mexer num assunto que já tinha o que tinha que dá, tanto é que nesse instante em que escrevo ainda estou na dúvida, como já estive quando lhe enviei a primeira carta. Tantas foram às cartas que foram pro lixo, que podem nem ter sido lidas, ao vê-las pode ter jogado fora, queimado-a, rasgado-a, etc. Chorar sobre o leite derramado. Não, já esta derramado, é um fato, então pra que reconquista-la, para sofrermos, vivamos nossas vidas. Ações e reações inúteis, todas estas dede o inicio do parágrafo, pois para você eu não devo valer nada. Pra que todo esse tempo tentando reconquista-la em vão, mesmo que tivesse agido de outra maneira desde o inicio, ainda assim não teria chances com você.
Mas porque resolvi escrever para você? Bom, resolvi escrever apenas por desencargo de consciência. Vai que você esteja num bom dia e leia minha carta, goste e passamos a conversar A fé move montanhas, mas só ela não ajuda, e esta não seria uma carta em vão, seria mais uma chance.

Beijos de quem quer ser seu amigo, Marcos.
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