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Cordel-->Uma guerreira abatida -- 04/10/2005 - 19:47 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Uma guerreira abatida
De Airam Ribeiro 22/09/05

Seu doutor nunca pensei
Ver minha mãe com tanta dor,
Na cama de um hospital
Com um gemido sofredor
Confesso só agüentei
Por ser forte bem sei
Com ajuda do Nosso Senhor.

Aquela mulher guerreira
Que tanto de mim cuidou,
Ali estava estirada
Padecendo aquele horror:
Eu perto sem poder
Aquele apelo atender
Nuns gemidos de clamor.

Certa hora ela ficava
Até sem a dor sentir,
Para ela era um alívio
Quando via a dor sumir;
Graças aquela morfina
Aquela mamãe menina
Podia um pouco dormir.

E quando dormia um pouco
Meus olhos também fechava,
Encostado em um banco
Eu um pouco cochilava
O remédio era perfeito
Mas era pouco o efeito
E tudo de novo voltava.

Era um gemido forte
Ai meu Deus! Ela repetia,
Várias vezes a noite toda
Era aquela agonia;
Eu ali presenciava
A enfermeira que chegava
Vendo minha mãe que sofria.

E de novo mais remédio
No soro ela introduzia,
De repente como um milagre
A dor logo sumia;
De novo voltava ao normal
E na cama do hospital
A mamãe adormecia.

Era essa a rotina
De dia e as madrugadas,
Só eu e mamãe ali
Eu sem poder fazer nada;
Quando a dor se repetia
Muitas preces eu fazia
Para a dor ser acabada.

Minha mãe era guerreira
Era mesmo mulher de brio,
Criar a gente em Brasília
Foi para ela desafio;
Na luta com sua doença
Apelava pra sua crença
Que desde criança assumiu.

Muito medo ela tinha
Nem queria ouvir falar,
Do nome câncer nem morte
Que fingia não escutar;
Para ela era fobia
Era mesmo uma agonia
Quando ouvia isso no ar.

Na sua vida diária
Vivia de chá caseiro
Não gostava de ir ao médico
Era fato corriqueiro;
Sempre foi uma raizeira
Doença pra ela era besteira
Mandava um chute ligeiro.

Família de pouca renda
Criada lá no sertão
Fomos criados com os chás
Extraídos do nosso chão;
Somos unidos e fortes
Graças a esse suporte
Da fauna dessa nação.

www.airamribeiro.com.br
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