AH, ESSAS MULHERES!
I - ENIGMA
Faz tempo, desde criança, inda franzino,
Já as amava com tanta intensidade...
Amava mesmo, amava de verdade,
Amor ingênuo, raro, peregrino,
Buscando sempre a tal felicidade,
Que afinal nunca vi. Quis o destino
Negar-me o amor ainda eu menino,
E deixar-me a tristeza por herdade.
Este meu peito nunca teve dono
E a dor e imensa mágoa que ele encerra,
Num misto de vazio e solidão,
São como as folhas secas do outono:
Fenecem juntas adubando a terra,
Sagrada terra da libertação!
Adelay Bonolo
|