"NUM BECO"
De nada vale a obscuridade humana,
A profana mente atenta para o real,
O que se espera de um pervertido ser,
Nada de bom, de afável, apenas o mal.
Em becos a escória escondida, obtusa.
A desdenhar do esforço humano, pretexto
E de repente, arqueia a veste, num gesto
De crueldade, a mente, embolia aguda.
O que ser prouve de um ser medonho,
Que por seu gesto, deixa um pai tristonho,
Tira a beleza, talvez a vida, agonia
De um pequeno ser que nunca culpa teve.
Deixa a mãe, tão evasiva fica o peito,
De dor, vergonha, medo e ódio puro,
Que não deixou crescer o ser pequeno,
Arremessando a vida numa cratera escura.
Ao ver a luz, arredia a vida lembra
Pequeno ser, um dia se encheu de sonho
Pra procurar vencer a dor, vencer o ventre
Criatura nova , não deixar nascer.
Por essa mãe que sonhos, um dia teve,
O amanhecer não lhe deixou lembrança
Do beco escuro onde o ser medonho
Tirou a vida de sua pequena criança.
Reidner Willians.
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