Ao cair da tarde uma tristeza infinita dilacera a alma, o coração!
Dou asas aos pensamentos, embarco na canção que solo ao violão...
Pinto no céu um cortinado negro, trago a tempestade, incesto martírio, sai o arco-íris!
Entrego-me aos sonhos no horizonte, viajo!
Na solidão que habito, um por do sol escarlate finda o dia!
Mornos são os olhos, choro!
E, à noite que vem chegando, trás o vento, esculpindo uma imagem na retina!
Nas folhas, rolam as mágoas de uma angústia infinita!
Tantos projetos.; fiz!
Nosso castelo de carinhos não tem flores, não tem você, acalanto dos meus doces sonhos, meu docinho...
Construí na areia da praia, esqueci do alicerce, o mar chegou e tudo levou, deixando mentiras, um poço de lágrimas n’alma, desilusões!
E, essa saudade negra que tem um nome.; precisa morrer...
Oh Deus, perdão!
Fracassei no amor, perdi o porto.
Abrigo das ébrias ilusões.; fracassei!
Perdi meu céu, os lábios de mel, ficou o fel!
Ajude-me Senhor na poesia da vida, que é amar!
Sem esse amor nada vai restar, tudo vai morrer...
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