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Cronicas-->Equações e elementos -- 13/02/2003 - 13:22 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O indívíduo foi convidado para assistir um debate entre famosos professores da área de Direito por uma colega de trabalho.
No ambiente de trabalho, uma secretaria municipal, era conhecido por pronunciar frases sem conteúdo.
Para os que tivessem qualquer cultura, a mais rala possível, pousava como uma farsa, pequena, mas apenas farsa.
Isso não tornava Leovegildo Casquinha menos impertinente. Além de pronunciar enunciados idiotas, misturando matemática com física e regras de português, Leleco ainda enveredava pela vida de artistas e se apresentava como ex-aluno de instituições superiores, geralmente da Argentina ou Paraguai.
Ninguém duvidava que tivesse andado no Paraguai, tampouco Argentina. Bastaria que estivesse na região de Foz do Iguaçu e poderia visitar os três países em questão de minutos.
O problema é que Leleco mentia tanto que ninguém acreditava que estivesse em qualquer dos lugares onde realmente dizia ter passado.
Houve um certo rumor que foi preso no Paraguai, roubando bolos de milho de uma índia guarani, num dia de desespero total.
As notícias davam conta que apanhou da polícia e teve que voltar ao Brasil nadando.
Mas como tudo a seu respeito, essa seria apenas mais uma história. Também haviam verdades. Como o caso da não contratação pela polícia em concurso.
Foi só por descobrirem que estivera preso no Paraguai e Bolívia. Por contrabando de motos. De 50 cilindradas.
Era mesmo um elemento internacional. Mas do tipo elemento, não intelectual.
Ao saber que eminentes juristas estariam na cidade tratou de ler 20 revistas Pato Donald, buscando inspiração no personagem Pateta.
Também assimilou a inteligência do Pluto para impressionar a colega de trabalho, uma novata que pretendia cursar Direito.
Leleco conseguiu entrar no prédio sem maiores problemas. Chamou o porteiro de doutor, passando-lhe antes um cartão que o qualificava como especialista em moldagens de produtos ceràmicos. Diziam que seria mais ou menos azulejista, seus desafetos, naturalmente.
Leleco entrou, tomou lugar, sorriu para sua colega umas vinte vezes e começou a falar alto sobre a questão que envolvia Maga Patalógica e o Senhor Patinhas, que em sua opinião deveria optar pelo apoio aos planos de reforma agrária. Enquanto os juristas não chegavam alguns achavam que se tratava de brincadeira.
Tão logo chegaram os ilustres se esperava que cessasse o ruído, mas tal não aconteceu.
Leleco inventou de perguntar se a ingerência nociva da pata causídica estava ou não correta.
Os juristas riram, mas os organizadores puseram-no para fora do recinto. Leleco disse a todos no dia seguinte que venceu o debate.
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