Viver uma eternidade infinda
sem expressar o mais íntimo anseio.
Viver uma longa espera
sem exalar um suspiro ao menos.
Viver uma ansiedade infinita,
sem ao menos morrer,
por um momento sequer,
pelo menos...
adormecer.
Viver uma lucidez tão clara,
sem que por um momento apenas
venha a desfalecer,
e apagar...
arrancar d’alma
tanta angústia acumulada
por uma vida assim tão malograda
simplesmente condenada
a um eterno esperar.
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